Lugares de culto e oração
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Pormenores exterioresA torre sineira tem 65 metros de altura, é rematada por uma coroa de bronze de 7 toneladas, construída na Fundição do Bolhão, e encimada por uma cruz iluminada. O carrilhão é composto por 62 sinos, fundidos e temperados em Fátima por José Gonçalves Coutinho, e o relógio é obra de Bento Rodrigues. O monograma NSRF – Nossa Senhora do Rosário de Fátima – que se encontra na frontaria da torre é um mosaico e foi feito nas Oficinas do Vaticano. Também aí se executou o mosaico que se encontra sobre a entrada principal da basílica e que representa a Santíssima Trindade a coroar Nossa Senhora. Os anjos da fachada são de mármore e da autoria de Albano França. A estátua do Imaculado Coração de Maria que se encontra no nicho da torre é obra do padre e escultor americano Thomas McGlynn. Esculpida sob indicações da Irmã Lúcia e oferecida pelos católicos americanos, foi benzida em 13 de maio de 1958. |
Pormenores interioresO templo é constituído por uma grande nave com capela-mor, transepto e duas sacristias, uma das quais foi convertida em lugar de culto (Capela de S. José). Tem 14 altares laterais (de mármore de Estremoz, Pero Pinheiro e Fátima); em cada um deles está representado um mistério do Rosário, em baixos-relevos de bronze, da autoria de Martinho de Brito e depois dourados por Alberto Barbosa. O 15.º mistério está representado na abóbada da capela-mor; trata-se de um alto-relevo de Maximiano Alves. Os vitrais dos altares laterais representam invocações da ladainha de Nossa Senhora e foram concebidos por João de Sousa Araújo. O arco cruzeiro ostenta em toda a volta um mosaico, feito nas Oficinas do Vaticano e oferecido pelos católicos de Singapura, onde se lê «Regina Sacratissimi Rosarii Fatimae Ora Pro Nobis» (Rainha do Sacratíssimo Rosário de Fátima, rogai por nós). Em 10 de abril de 1998, foi colocada nas paredes laterais uma Via-sacra, constituída por 15 painéis em mosaico, da autoria de Fred Pittino. Em 1995, foi remodelado o presbitério, sob projeto do arquiteto Erich Corsepius. Ao centro situa-se o altar, de pedra, para onde foi transferido do primitivo altar o frontal de prata – jóia de arte criada pela Ourivesaria Aliança – em que está representada a Última Ceia. O ambão, a peanha de Nossa Senhora e a cadeira da presidência são feitos da mesma pedra do altar. O sacrário, tal como o frontal do altar, é de prata lavrada. O quadro do retábulo é obra do pintor João de Sousa Araújo e representa a Mensagem de Nossa Senhora que desce em forma de luz e de paz, ao encontro dos videntes, preparados pelo Anjo, através do seu encontro com Cristo na Eucaristia; presente está também a Igreja (nas pessoas do bispo diocesano e dos papas, aí representados). No braço esquerdo do transepto encontra-se a capela em que repousam, desde 1 de maio de 1951, os restos mortais da Beata Jacinta, que morreu no dia 20 de fevereiro de 1920, e os da Irmã Lúcia, que faleceu em 13 de fevereiro de 2005 e para ali foi trasladada no dia 19 de fevereiro do ano seguinte. A imagem da Jacinta que aí se encontra é da autoria de Clara Menéres e foi benzida por João Paulo II no dia 13 de maio de 2000. No extremo oposto do transepto está a capela onde estão depositados desde 13 de março de 1952 os restos mortais do Beato Francisco, que morreu em 4 de abril de 1919. Naquele mesmo dia 13 de maio de 2000, João Paulo II benzeu a imagem do Francisco, obra do escultor José Rodrigues. O órgão que nos habituámos a ver no espaço do coro, ao fundo da basílica, foi construído e montado pela firma italiana Fratelli Ruffatti e inaugurado em 1952. Os cinco corpos do órgão, originalmente dispersos, foram entretanto reunidos no coro, em 1962. Em 2015, no âmbito da celebração do centenário das aparições de Fátima, esse órgão, que se encontrava há vários anos em avançado estado de deterioração, foi objeto de uma profunda intervenção de restauro/reconstrução. Do órgão Ruffatti original foi utilizada uma parte substancial dos tubos, enquadrados agora numa nova caixa, concebida numa estética contemporânea, resultado de uma estreita articulação entre o organeiro e os serviços de arquitetura do Santuário de Fátima. A nova versão do instrumento – construída pela firma Mascioni Organi – apresenta, tal como a anterior, cinco manuais, ainda que com uma disposição reestruturada, e conta com cerca de 90 registos e 6500 tubos. |
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Azinheira GrandeA Azinheira Grande, assim nomeada em muitos dos documentos primitivos referentes às aparições, é uma árvore com mais de cem anos e foi a única dentre as que aí existiam que prevaleceu. Não foi sobre ela que Nossa Senhora apareceu, mas desde cedo ficou ligada às aparições. Com efeito, e como conta a Lúcia, foi justamente quando passavam junto a esta azinheira que os três pequenos pastores de Aljustrel viram pela segunda vez o relâmpago que precedeu a aparição de 13 de maio. Nos meses seguintes, era à sombra da Azinheira Grande que os três pastorinhos rezavam o terço com as pessoas que os acompanhavam, preparando-se para receber a visita da Senhora. A Direção-Geral dos Recursos Florestais de Portugal classificou-a, em janeiro de 2007, exemplar de "interesse público", pela sua tradicional associação às aparições. |
Monumento ao Sagrado Coração de JesusO conjunto arquitetónico que sustenta a imagem do Sagrado Coração de Jesus encontra-se sobre a primitiva estrutura do fontanário que se construiu em sequência das perfurações aí efetuadas, decorrentes da necessidade de encontrar, na Cova da Iria, água para satisfazer os peregrinos. Desse primitivo conjunto ficaram apenas visíveis, após as obras de regularização do Recinto, a parte superior e a coluna que suporta aquela escultura. Esta é de bronze dourado e o seu autor não é conhecido. Foi oferecida por um peregrino e benzida no dia 13 de maio de 1932 pelo então núncio apostólico em Portugal, D. João Beda Cardinale. A localização deste monumento no centro geográfico do Santuário é significativa ilustração da centralidade de Jesus Cristo na mensagem de Fátima. |
PresépioDa autoria de José Aurélio, foi inaugurado na madrugada de 25 de dezembro de 1999, início do Grande Jubileu do Ano 2000. Tem a forma de um triângulo, alusivo à Santíssima Trindade, com 5 metros de base e de altura, e é de chapa de aço inox perfurada. |
Muro de BerlimInaugurado em 13 de agosto de 1994, trata-se de um bloco do muro que, construído na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, dividiu a cidade de Berlim durante quase trinta anos, vindo a ser demolido em novembro de 1989. O bloco, que pesa 2,6 toneladas e mede 3,6 por 1,2 metros, foi oferecido por um português residente na Alemanha. O arranjo do monumento é do arquiteto José Carlos Loureiro. |
Homenagens a Manuel Nunes Formigão e Luís FischerEste monumento-memorial dedicado ao cónego Dr. Manuel Nunes Formigão e ao padre Prof. Dr. Luís Fischer, dois ilustres presbíteros que estiveram nos fundamentos da historiografia das aparições de Fátima e da difusão da sua mensagem, foi inaugurado em 13 de outubro de 1998. Encontra-se na proximidade do Muro de Berlim, é constituído por sete painéis de granito verde-pérola e foi concebido por Graça Costa Cabral. |
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Iconografia exteriorO pórtico de entrada apresenta uma escultura suspensa, em malha de rede de aço, que evoca as aparições do Anjo e convida a entrar no templo e adorar a Santíssima Trindade; a sua conceção deve-se a Maria Loizidou. A porta principal, em bronze, é dedicada a Cristo e é da autoria de Pedro Calapez. Ao lado desta porta, num plano superior, encontram-se painéis representativos dos vinte mistérios Rosário, do mesmo autor. Num plano inferior, dois painéis de vidro com quatro citações bíblicas grafadas em vinte e seis línguas, obra de Kerry Joe Kelly, constituem um monumento à Palavra de Deus, à universalidade dos peregrinos de Fátima e à Santíssima Trindade. As portas laterais, feitas em bronze e com 8 metros de altura, são dedicadas aos Doze Apóstolos; o grafismo das inscrições é de Francisco Providência. |
Iconografia interiorO altar é constituído por um bloco único de pedra da região, branco do mar, tem 3,5 metros de comprimento, 1,9 metros de profundidade e 94 centímetros de altura. Pesa cerca de 16 toneladas. Na sua face dianteira foi colocado um fragmento marmóreo do túmulo do apóstolo Pedro (sobre o qual está construída a Basílica de S. Pedro, no Vaticano). Esta pequena pedra é um sinal visível da comunhão com a Igreja Universal e recorda a ligação de Fátima e da sua mensagem ao santo padre. O crucifixo que pende sobre o presbitério tem 7,5 metros de altura e encontra-se sobreposto ao Cordeiro do painel. Feito de bronze, é obra de Catherine Greene. A escultura de Nossa Senhora de Fátima representa Maria jovem, com os braços abertos e deixando ver o seu Coração Imaculado e o rosário. Esculpida em mármore branco de Carrara, tem 3 metros de altura e é criação de Benedetto Pietrogrande. Por fim, o painel que cobre a parede curva do fundo do presbitério é um mosaico com 10 metros de altura e 50 de largura, feito em terracota dourada e moldada manualmente A cor do ouro simboliza a santidade e a fidelidade de Deus, tendo os três traços vermelhos a finalidade de realçar o dourado e favorecer a perceção do mistério e da santidade. O dinamismo e a tensão de luz e ouro nos sentidos horizontal e vertical pretendem convocar para a abertura à beleza, à comunhão e ao amor. O painel é da autoria de Marko Ivan Rupnik e foi executado por um grupo de artistas especializados, provenientes de oito nações e de quatro Igrejas cristãs. |
Galilé dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo e área da ReconciliaçãoA Galilé dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo constitui uma vasta área, ao jeito de corredor, situada em plano subterrâneo entre a Basílica da Santíssima Trindade, cujo complexo integra, e o Recinto de Oração. Acessível por meio de duas escadarias e duas rampas que nela desembocam, tem um comprimento de 150 metros e a parede nascente revestida por azulejos da autoria de Álvaro Siza Vieira. A Galilé dos Apóstolos surge como átrio comum às capelas da zona da Reconciliação – Capela do Santíssimo Sacramento, Capela da Morte de Jesus, Capela da Ressurreição de Jesus, Capela do Sagrado Coração de Jesus e Capela do Imaculado Coração de Maria – e ao Convivium de Santo Agostinho, espaço polivalente que comunga da mesma linguagem arquitetónica de todo o complexo. No átrio da Capela da Ressurreição de Jesus e da Capela do Santíssimo Sacramento encontra-se uma Via Lucis da autoria de Vanni Rinaldi. Da Galilé dos Apóstolos é contemplável um par de espelhos de água convidativos à reflexão e à interioridade. O primeiro, do lado de S. Pedro, alude à primeira criação, a criação da vida; o segundo, do lado de S. Paulo, aponta para a segunda criação, o Batismo, como participação na vida nova de Cristo. |
Praças de João Paulo II e de Pio XII e Cruz AltaA zona envolvente da Basílica da Santíssima Trindade é constituída por duas praças. A Praça de João Paulo II compreende a área que está a nascente da basílica e aí se encontram, a nordeste, a estátua de João Paulo II, da autoria de Czeslaw Dzwigaj, e, a noroeste, a estátua de Paulo VI, obra de Joaquim Correia. Também aqui se situa, na proximidade da estátua do papa polaco, a Cruz Alta – 34 metros de altura e 17 de largura, feita em aço corten –, concebida por Robert Schad. A Praça de Pio XII, na área a poente da Basílica, apresenta a estátua de Pio XII, a sudoeste, da autoria de Domingos Soares Branco, e a de D. José Alves Correia da Silva, a sudeste, obra de Joaquim Correia. |
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Capela da Morte de JesusA Capela da Morte de Jesus, situada na área da Galilé dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, acolhe algumas das celebrações do programa oficial do Santuário de Fátima. Tem capacidade para 600 pessoas sentadas. |
Capela da Ressurreição de JesusA Capela da Ressurreição de Jesus tem 200 lugares e 16 confessionários. Faz parte do complexo da Basílica da Santíssima Trindade, situando-se na área da Galilé dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo. |
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