COMUNICADO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA NO SANTUÁRIO DE FÁTIMA

 

Recentemente têm sido veiculadas diversas notícias na comunicação social relativas à situação económico-financeira do Santuário de Fátima. Sobre este assunto esclarece-se o seguinte.

1. Tal como a generalidade das instituições e empresas, também o Santuário de Fátima foi fortemente afetado pelas consequências económico-financeiras da pandemia que enfrentamos. Entre março e julho os grupos inscritos tiveram uma diminuição superior a 99%. Correspondentemente, as ofertas sofreram uma quebra superior a 77%. Não obstante as evidentes dificuldades de gestão, comuns a toda a sociedade, o Santuário assegurou os postos de trabalho dos seus trabalhadores, pagando integralmente os vencimentos de todos.

2. Nenhuma das 24 demissões que ocorreram ao longo deste ano correspondeu a extinção de postos de trabalho. Houve saídas de trabalhadores por motivos de reforma, por não renovações de contrato de trabalho a termo e 1/3 das mesmas por iniciativa do trabalhador.

3. Aos trabalhadores do Santuário foi feita uma apresentação das atuais dificuldades e foi dito que, dada a redução de atividade, o Santuário está recetivo a propostas para a realização de acordos de revogação de contrato, garantindo que aqueles que estejam mais próximos da idade de reforma possam manter o seu atual rendimento até essa data. Manifestou-se ainda disponível para concessão de licenças sem vencimento, nos casos em que isso interessasse a algum trabalhador. Estas possibilidades foram apresentadas para os casos em que alguém o solicite de forma voluntária. Nenhum trabalhador foi convidado a deixar a instituição.

4. Qualquer número que tenha sido referido em respostas anteriores aos jornalistas foi no sentido de sublinhar que não estava em curso um plano de despedimentos e que eventuais rescisões não seriam nos números que circulavam na comunicação social.

5. Qualquer decisão em relação a medidas futuras será devidamente ponderada, tendo em conta os desenvolvimentos da situação económica do Santuário e a adesão dos trabalhadores às possibilidades apresentadas. Em qualquer dos casos, serão feitos todos os esforços para encontrar soluções que não impliquem despedimentos.

6. Na gestão económico-financeira e na gestão de recursos humanos, o Santuário de Fátima não se orienta por critérios meramente económicos, mas pauta-se pelos princípios da doutrina social da Igreja e tem sempre em conta as condições sociais de cada trabalhador.

 

Fátima, 3 de setembro 2020

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