14 de agosto, 2022
“A mensagem de Fátima é um convite a procurarmos o fogo da presença de Deus e a testemunhá-Lo nas nossas vidas”Na homilia da Missa deste domingo, reitor do Santuário exortou os peregrinos a deixarem-se transformar pela presença de Deus, tal como o fizeram os santos Pastorinhos.
Na homilia deste domingo XX Domingo do Tempo Comum, o reitor do Santuário exortou os peregrinos a deixarem-se “inflamar pelo fogo da presença de Deus, que enche de sentido a vida”, tomando como exemplo a vida dos santos Pastorinhos. A partir do Evangelho de hoje, onde Jesus afirma que vem “provocar divisão e trazer o fogo à terra”, o presidente da celebração aludiu à imagem do fogo no Antigo Testamento, como presença de Deus e da transformação que ela realiza. “Sabemos que o fogo, onde passa, transforma… E essa imagem é também imagem da transformação que o encontro com Ele realiza em nós. Assim, quando Jesus diz que vem trazer o fogo à terra, significa que ele vem trazer Deus e que quer que façamos a experiência do encontro com Ele. O que ele pretende é que nos deixemos inflamar por este fogo”, explicou. O sacerdote citou, depois, São Cirilo de Alexandria, na referência que este Doutor da Igreja faz a este propósito, ao escrever que o “Evangelho nos incendeia e nos faz fervorosos no espírito”. “Jesus traz-nos a entrega da Sua vida e esse é o fogo que ele quer que se propague”, afirmou o presidente da celebração, relembrando a liberdade que nos é dada em seguir ou rejeitar este caminho proposto por Jesus, e a divisão que de que essa mesma liberdade pode ser geradora, assegurando que “sermos cristãos é deixarmo-nos inflamar pelo fogo que Jesus nos traz, mesmo sabendo que isso nem sempre é bem acolhido por aqueles com quem contactamos”. A partir da experiência de divisão e perseguição que o profeta Jeremias relata na primeira leitura deste Domingo, quando assume esta presença do “fogo da presença de Deus”, o reitor do Santuário exortou os peregrinos a perseverarem na procura deste encontro com Deus e a testemunhá-Lo nas suas vidas, apresentando a vida dos santos Pastorinhos como exemplo desta entrega. “Santa Jacinta, que se tornou na primeira anunciadora da Mensagem, estava também inflamada deste fogo que tinha no peito e que não conseguia guardar. Também São Francisco recorre ao fogo para falar da presença de Deus”, lembrou, ao tornar presentes as dificuldades que os Pastorinhos também experimentaram: na dolorosa experiência da perseguição, da incompreensão, da divisão.” Na conclusão o reitor do Santuário perspetivou a mensagem de Fátima como “um convite a procurarmos este fogo da presença de Deus, na oração, na celebração da Eucaristia e dos outros sacramentos, no contacto com os outros, mas também a testemunharmos com entusiamo, na nossa vida, esta presença”. |