10 de junho, 2021

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“Vós crianças sois as estrelas vivas de esperança; uma esperança que há brilhar para toda a humanidade”, afirmou o cardeal D. António Marto

Bispo de Leiria-Fátima presidiu a uma celebração simbólica na Capelinha das Aparições para assinalar a peregrinação das Crianças, que este ano voltou a não poder realizar-se por causa da pandemia

 

O Santuário de Fátima assinalou esta quinta-feira, de forma simbólica, a Peregrinação das Crianças que, devido à situação sanitária, ainda não puderam reunir-se presencialmente neste dia, que acolhia milhares de crianças e jovens no Recinto de Oração, acompanhados dos seus catequistas e das famílias.

“Se não fosse a pandemia a estas horas o nosso recinto estava cheio de crianças e daqueles que os costumavam acompanhar num ambiente de alegria, colorido e de festa” lembrou o cardeal D. António Marto, que presidiu à celebração na Capelinha das Aparições.

“A pandemia obrigou-nos a fazer assim: vós representais todas as crianças da catequese que queriam estar aqui. Por isso,  saúdo em vocês todas as crianças da catequese, com muito carinho, muita estima e muita amizade, para que sejais capazes de levar a esperança a toda a humanidade” disse o bispo de Leiria-Fátima, dirigindo-se às 12 crianças, filhas dos funcionários do Santuário de Fátima, que participaram na celebração e depositaram aos pés da imagem de Nossa Senhora, 12 estrelas de esperança, simbolizando o desejo de “mais fraternidade e amizade entre todos”.

“Amiguitos e amiguitas, Nossa Senhora conta convosco para tornar Portugal e o mundo mais fraterno e mais belo”, afirmou D. António Marto.

“A pandemia atingiu muita gente e deixou muita dor, muito sofrimento, tristeza, desanimo e desalento em muitas pessoas e famílias. Por isso, hoje precisamos de transmitir esperança uns aos outros, aquela esperança que Nossa Senhora transmitiu aos Pastorinhos: não desanimes porque Eu nunca te deixarei; o Meu Imaculado Coração, coração de mãe, será o refúgio, o abrigo e o conforto, que conduzirá até Deus” lembrou o prelado ao destacar a esperança e a paz como tónicas de uma mensagem de que Fátima é herdeira.

“Pusestes as estrelas da esperança: vós crianças sois essas estrelas, estrelas vivas de esperança; uma esperança que há de brilhar nos vossos corações nos vossos olhos e nos vossos sorrisos, através da oração” afirmou ainda na breve alocução que fez.

“Peçamos a Nossa Senhora que nos livre desta chaga que é pandemia; que nos torne todos responsáveis uns pelos outros para que não voltemos atrás; que consigamos ser capazes de cuidar uns dos outros, sobretudo os mais frágeis” disse, ao interpelar: “ estais a ver? Isto é levar a esperança. Nossa Senhora convida-vos a levar esta esperança à família, à escola, aos vizinhos e a pedir-lhes que todos se unam nesta esperança para que ela seja transmitida a toda a gente”.

A celebração, transmitida em direto nos canais digitais do Santuário e pela TV Canção Nova, integrou a recitação de um mistério do rosário e a revelação da resposta-chave para a última casa do jogo da glória, intitulado “Vitaminas de Esperança” que foi lançado como desafio na habitual campanha de maio, que conduziu as crianças por uma peregrinação espiritual. Esta quinta-feira foi desvendada a chave de leitura do jogo de tabuleiro que é a Paz, com a largada de um bando de pombas, em frente à Capelinha das Aparições.

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“As pombas lançadas voaram para todas as partes, assim Nossa Senhora nos envia a levar esta esperança e esta paz”, disse D. António Marto: “ abramos o nosso coração à Senhora tão bonita e tão bela e como os Pastorinhos, saibamos levar a esperança da paz”.

A celebração terminou com a apresentação de um vídeo com o hino da peregrinação cantado por um mega coro virtual.O hino “Oh! Que Senhora tão  bonita”, escrito e musicado para esta Peregrinação, foi cantado por trinta coros infantis, de colégios católicos e paroquiais de todo o país, que juntaram as suas vozes às da Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima.

Na Missa, que precedeu a celebração na Capelinha das Aparições, o reitor do Santuário lembrou as inúmeras crianças que neste dia “marcavam a paisagem deste Santuário, mas devido à pandemia ainda não puderam vir este ano”. 

“Rezemos para que possamos retomar a normalidade aqui em Fátima” pediu o padre Carlos Cabecinhas, no inicio da celebração.  Durante a oração dos fieis, houve uma prece especial por “todas as crianças, para que, como os Santos Francisco e Jacinta Marto e a serva de Deus Irmã Lúcia, tenham um coração disponível para se oferecerem a Deus, cresçam na esperança e na alegria e na vontade de a levarem aos outros”.

 

O Anjo da Guarda de Portugal

Esta quinta-feira, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas, em Fátima, invocou-se o Santo Anjo da Guarda de Portugal, cuja aparição aos Pastorinhos por três vezes, na primavera e verão de 1916, precedeu as aparições de Nossa Senhora, iniciando-os na centralidade de Deus nas suas vidas.

“Celebrar os Anjos é celebrar a Providência de Deus, que nunca nos abandona. Eles exortam-nos, como o Anjo da Paz exortou os Pastorinhos- à confiança e a vencer o medo”, referiu o reitor na homilia da Missa, no Recinto de Oração.

“Nas nossas sociedades vive-se como se Deus não existisse; vive-se sem contar com Deus, sem contar com a sua vontade para configurar as nossas opções. É para o primado de Deus que o Anjo nos alerta, como alertou os Pastorinhos, que souberam acolher a sua mensagem e, hoje, ensinam-nos a dar essa centralidade na nossa vida através do seu exemplo”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas.

“Queremos pedir a sua proteção para nós e para o país e também para todas as comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo”, concluiu o reitor.

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