08 de dezembro, 2023

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“Vocês, pais e mães, são os primeiros que levam nos braços o carinho de Deus”

Cerca de 75 mil peregrinos reuniram-se em Fátima, neste dia em que a Igreja celebra a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria.

 

Esta manhã, cerca de 75 mil peregrinos reuniram-se no Recinto da Oração do Santuário de Fátima para celebrar a Missa da solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria. A celebração foi presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, que apontou Fátima como “casa da Mãe”, “aberta a todos”, e destacou o papel cada cristão na construção de "um mundo mais próximo do projeto de Deus".

Na homilia da celebração, o prelado começou por sublinhar o chamamento e a missão que Deus concedeu a Nossa Senhora como “sinal de dom de eleição e de preferência”, numa referência às palavras dos profetas, proclamadas nas leituras da liturgia desta sexta-feira santa.

“Desde sempre, Deus tem um lugar muito especial para Maria. No Seu projeto de Pai, de Criador, de Cuidador da humanidade, Maria desempenha um papel que vai interiorizando desde pequena. É isto que significa o título de Imaculada Conceição. Maria é chamada para um papel muito especial: o de ser Mãe do Salvador, Daquele que ia completar a obra de Deus neste mundo”, explicou o bispo de Leiria-Fátima.

“O milagre da vida, que acontece no ventre de cada mamã, continua este projeto de Deus”, afirmou D. José Ornelas, ao destacar a graça específica de Nossa Senhora e a Sua entrega à missão que Deus lhe deu de ser Mãe do Seu Filho.

“Maria foi uma Mãe que não atrapalhou os caminhos de Jesus, mas que está muito próxima Dele, nos momentos mais difíceis: quando é contestado, caluniado, torturado, posto na cruz. Uma Mãe que acolhe o corpo do Filho, morto, nos braços, como acontece, hoje, com tantas mães, na Palestina, na Ucrânia e em tantas outras partes do mundo”, acrescentou o presidente da celebração, recordando a herança que a humanidade recebeu de filhos de Deus.

“Maria continua a ser cheia de graça. Ela ensina como se escuta, se acolhe, como se põe a caminho e se cuida.[…] A Sua energia e ternura resplandecem em cada mamã, e em cada papá que acarinham, que dão força e que ensinam os seus filhos a crescer. Vocês, pais e mães, são os primeiros que levam nos braços o carinho de Deus para a vossa família, para os vossos filhos e para os outros”, referiu D. José Ornelas Carvalho.

Por fim, o bispo de Leiria-Fátima apontou Fátima como “casa da Mãe” e lugar “sem muros e aberto a todos, que reenvia para a vida os que aqui vêm, transformados pelo Espírito de Deus”, evocando as palavras do Papa Francisco, na Capelinha das Aparições, a 5 de agosto deste ano.

“Maria envia-nos, também hoje, para que, nas nossas escolas, nos nossos trabalhos e lazeres sejamos irmãos e irmãs que tornam presente o carinho e a força transformadora do amor do Pai do Céu, com vista a um mundo melhor, mais fraterno e próximo do projeto de Deus”, concluiu.

No final, D. José Ornelas saudou os peregrinos de língua espanhola, italiana e inglesa, sintetizando a reflexão que ofereceu na homilia.

 

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Novo andor da imagem de Nossa Senhora foi usado na procissão

Na celebração desta manhã, foi inaugurado um novo andor da imagem de Nossa Senhora, que será usado nas procissões quotidianas no Recinto de Oração.

A peça, da autoria de Sílvia Patrício, sob programa iconográfico de Marco Daniel Duarte, “nasceu de um conceito formal relativo à maceira do pão, uma peça de uso ancestral relacionada com a tradição de um povo e, ao mesmo tempo, símbolo do alimento que, na narrativa do Cristianismo, tem lugar a partir de Maria, a mulher eucarística, que, através do seu seio (lugar onde foi semeado o trigo), oferece Cristo à humanidade”.

“Por outro lado, a peça mostra-se também como uma barca conduzida pela Estrela do Mar, a Virgem Maria que, em Fátima, traça o caminho seguro para humanidade, navegando sobre os desafios do tempo contemporâneo”, lê-se na memória descritiva do andor, que teve assessoria técnica de Eusébio Calvário e luminotecnia de Tiago Pires.

Esculpido em madeira, policromada e dourada com aplicação de latão fundido, a peça é “construída através da mão, da força braçal” e tem talhada nela “rosas e contas (alusão ao Rosário da Virgem de Fátima) e folhas de azinheira e bolotas (alusão à vegetação da Serra de Aire), inscritas num movimento que replica elementos da natureza como o vento, a água, o mar que rodeia a barca e os movimentos daquele que amassa o pão”.

"O andor assume a cor vermelha, numa alusão à relação de Maria com o mistério da Encarnação, e, nos apontamentos dourados, à transcendência que daquele mistério irradia. Existe na parte inferior uma reentrância que pretende criar a sensação de elevação do andor e da própria imagem de Nossa Senhora de Fátima, ao mesmo tempo que proporciona a configuração visual de uma linha vertical, tratada com folha de ouro para representar, à maneira de sombra luminosa, as graças que Maria espalha quando passa por entre os fiéis", lê-se na nota que apresenta o novo andor.

 

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