05 de agosto, 2009

 

O apelo à fraternidade e à não discriminação, lançado pelo Papa Bento XVI na sua Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado deste ano de 2009, foi acolhido como lema da 37ª Semana Nacional das Migrações. Em comunhão com as preocupações do Santo Padre, neste mundo violento que, cada vez mais, marginaliza a pessoa humana, queremos colocar os  migrantes que vivem excluídos e discriminados como centro da nossa semana de reflexão e oração.
O contexto de crise económica global, produzida pela especulação financeira desordenada e pelo sistema neoliberal que tem esvaziado o mundo ocidental dos valores fundamentais do humanismo cristão, que transforma o homem em peça descartável duma engrenagem de produção e consumo, promove a injustiça e assimetria social assim como a discriminação e a exclusão.
 
A comunicação globalizada, da notícia em directo, que explora os acontecimentos de forma sensacionalista, com o único objectivo de aumentar audiências, contribui negativamente para a criação de estereótipos generalistas dos migrantes, que muitas vezes são discriminados e marginalizados só pelo facto de pertencerem a determinada etnia, terem determinada cor de pele ou serem oriundos de determinado país. Esta inconsciência de alguns meios de comunicação social tem contribuído para o surgimento de discriminações, racismos e xenofobias que em nada dignificam a pessoa humana e envergonham a cultura da tolerância que Portugal levou às cinco partidas do mundo.
 
O mundo de hoje tem necessidade de recriar uma nova ética de valores, uma ética que coloque o ser humano no lugar central que lhe pertence; uma ética da fraternidade e da solidariedade que respeite e acolha todos sem distinção nem discriminação que desumaniza e humilha.
 
A verdadeira fisionomia da Igreja, que é universal, encontra-se na dimensão da fraternidade cósmica onde, independentemente da cor da pele, da cultura ou da proveniência todos são acolhidos porque filhos do mesmo Pai e redimidos por Cristo, por isso, todo o cristão é chamado a ser promotor da fraternidade e do acolhimento, lutando e denunciado tudo o que seja distinção, discriminação, exclusão ou marginalização, sem perder do horizonte a palavra de Jesus: “Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25, 40), nem as palavras do apóstolo Paulo: “Já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Ef. 2, 19).
 
Obra Católica Portuguesa das Migrações
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