17 de outubro, 2024

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Virgem Peregrina levou sopro de esperança ao povo venezuelano

Peregrinação aconteceu há cerca de um mês, pelas mãos de um grupo de jovens de Leiria-Fátima.

 

Entre 23 de agosto e 8 de setembro, a Venezuela recebeu pela terceira vez a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, uma peregrinação que percorreu doze estados do país e mobilizou milhares de fiéis, num momento de profunda crise social e política.

Esta terceira presença da Virgem Peregrina naquele país – depois de uma presença em 1955 e em 2017 – foi sinal de fé e esperança, sendo acolhida com grande emoção pela população daquele país sul americano.

A visita, organizada a pedido de D. José Barrios, bispo da diocese de El Tigre, aconteceu um ano após a presença de uma delegação venezuelana nas paróquias de Coimbrão e Monte Redondo, da diocese de Leiria-Fátima, por ocasião da jornada Mundial da Juventude de Lisboa (JMJ 2023).

A Imagem foi levada pelo pároco de Monte Redondo e do Coimbrão, padre Orlandino Bom, e por um grupo de jovens daquelas paróquias.

“Fomos ser jovens peregrinos do mundo, como nos pediu o Papa Francisco. Tal como Maria, ‘partimos apressadamente’, pondo em prática o lema da JMJ 2023”, escreve a jovem peregrina Mariana Branco, que integrou a comitiva portuguesa, num relato em jeito de diário partilhado com o Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima.

A partilha descreve que, em todas as cidades por onde passou, desde Caracas até Miranda, Mérida e Zulia, a Imagem Peregrina foi recebida com procissões, missas e atos públicos de devoção. Para muitos, a oportunidade de ver e rezar diante da Imagem Peregrina foi uma bênção, num país que enfrenta graves dificuldades econômicas, sociais e políticas.

“Fomos recebidos em romaria! As pessoas tinham saído à rua para olhar, rezar, pedir, agradecer a Nossa Senhora. Queriam saber quem eram os peregrinos que se atreviam, neste gesto de generosidade para com a sua gente, sair do seu conforto para lhes trazer a Esperança”, relata Mariana Branco.

A peregrinação atravessou alguns dos estados mais afetados pela crise venezuelana, onde a escassez de recursos e a insegurança fazem parte do quotidiano. Apesar disso, a devoção do povo venezuelano ficou clara em cada localidade, lê-se na partilha emocionada.

“Numa sociedade ocidental, onde parece que ter fé e ser jovem são dois conceitos que se chocam numa aparente incompatibilidade em parte incompreensível, é difícil explicar a devoção de milhares de jovens, de milhares de pessoas, que inundaram as ruas das dezenas de cidades por onde passamos para caminhar com a Imagem Peregrina, nem que fosse por dois minutos”.

 

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Nas periferias, num momento difícil

A peregrinação também levou a Virgem Peregrina a comunidades indígenas e regiões remotas, onde as desigualdades sociais são mais evidentes. Nestes locais, a presença da Imagem foi particularmente simbólica, representando um alento espiritual em meio às dificuldades extremas vividas por essas populações. Em diversas paróquias, as pessoas partilharam histórias de fé e pedidos emocionados de oração, confiando a Nossa Senhora os seus desafios e sonhos por um futuro mais próspero e pacífico.

“Fomos confidentes dos pedidos mais pessoais de um povo a Nossa Senhora, das suplicas, das promessas e prometemos orar por eles”, escreve Mariana Branco, no diário desta viagem.

A peregrinação não foi isenta de dificuldades logísticas, com a comitiva enfrentando longas viagens de autocarro, controles policiais frequentes e condições precárias de alojamento. Contudo, a dedicação dos peregrinos e o afeto e hospitalidade com que foram recebidos evidenciaram a resiliência de um povo cuja fé permanece inabalável, mesmo em tempos de adversidade, dá conta o relato.

Esta visita da Virgem Peregrina à Venezuela acontece num momento de grande convulsão, com o país a atravessar uma das mais graves crises da sua história recente. Para muitos venezuelanos, a presença da imagem de Nossa Senhora de Fátima trouxe não apenas uma renovação espiritual, mas também uma luz de esperança em tempos de incerteza.

 

Fotos da reportagem: © David Flores

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