24 de janeiro, 2019

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Virgem Peregrina de Fátima visita Centro Penitenciário Feminino na Cidade do Panamá

Mais de 500 reclusas rezaram aos pés da Virgem, “a luz que como crentes, necessitamos”, disse uma delas

 

A imagem número 1 da Virgem Peregrina de Fátima cumpriu mais um dia do seu longo programa na Cidade do Panamá, no âmbito da Jornada Mundial de Juventude, tendo-se deslocado até ao maior centro penitenciário feminino do país, onde esteve durante a manhã desta quarta feira permitindo às cerca de 500 reclusas momentos de oração e de convivio.

“Este é um lugar onde as pessoas não têm esperança. Somos o que a sociedade descarta e a presença Dela aqui é a luz que, como crentes, necessitamos. Nesta visita Ela diz-nos : estou aqui para vocês, para que possam seguir em frente”, afirmou Mabel, reclusa e sacristã da capela do Centro Penitenciário Feminino da cidade do Panamá, que tem mais de 650 reclusas.

Ao longo de três dias viveram dentro dos muros da prisão o espírito da Jornada Mundial da Juventude, numa festa promovida por voluntários e que teve momentos de catequese, convívio, de oração e de partilha.

Hoje, durante a permanência da Imagem da Virgem Peregrina de Fátima, rezaram o terço. Participaram na celebração 500 reclusas, que ouviram do reitor do Santuário de Fátima, Pe. Carlos Cabecinhas, o apelo a não desistirem de ter esperança porque Maria é mãe “que nunca nos esquece e que nunca nos abandona”.

“Em Fátima, a Virgem veio interpelar-nos sobre o lugar que damos a Deus nas nossas Vidas; depois pediu-nos para rezarmos e apresentou-nos o seu coração imaculado como caminho e refugio que nos conduz a Deus”, disse o sacerdote sublinhando a importância de todos sermos capazes de imitar o exemplo de Maria.

“Façamo-lo com confiança”, disse o reitor.

Já fora do estabelecimento prisional, em declarações aos jornalistas portugueses, que se encontram no Panamá, o Pe. Carlos Cabecinhas afirmou que a passagem da imagem número 1 da Virgem Peregrina de Fátima por este lugar foi um sinal de “atenção às periferias”.

“Na missa de abertura o arcebispo do Panamá lembrou como esta JMJ tem de estar atenta às periferias  e entre os que estão na periferia, os reclusos estão na primeira linha”, recordou o Pe. Carlos Cabecinhas, referindo a centralidade do tema no pontificado do Papa Francisco.

“A ida da Imagem Peregrina a uma prisão foi vivida com uma intensidade incrível por parte das reclusas e foi um sinal ótimo da atenção às periferias”, acrescentou.

O reitor do Santuário de Fátima referiu também a “receção calorosa” que o povo tem demonstrado à Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima e ao seu envolvimento na Jornada Mundial da Juventude.

"Se há momento marcante desta passagem da Imagem Peregrina na JMJ é precisamente esta capacidade que o Povo do Panamá tem demonstrado em viver esta jornada, inspirada por Maria, sob este sinal concreto que é a imagem da Virgem Peregrina de Fátima" afirmou ainda.

A presença da imagem peregrina é um sinal de um “exemplo maior” de Nossa Senhora que “sempre se mostrou disponível para a vontade de Deus”, lema da JMJ, no Panamá.

Esta quinta-feira, a imagem número 1 da Virgem Peregrina de Fátima estará todo o dia no Recinto da JMJ- primeiro no Parque da Juventude, depois no Parque do Perdão para a Missa e daí seguirá para o Centro de Convenções Figali onde decorrem as catequeses em 25 línguas e dirigidas a mais de 100 mil jovens- e à noite, depois da Procissão das Velas e do Terço, a imagem parte para a igreja de São Francisco de la Coleta.

 

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