04 de fevereiro, 2018
Vice-reitor do Santuário de Fátima alertou peregrinos para os perigos da indiferençaPe. Vitor Coutinho presidiu a missa dominical na Basílica da Santíssima Trindade
O Pe. Vitor Coutinho, vice-reitor do Santuário de Fátima, presidiu esta manhã à missa dominical na Basílica da Santíssima Trindade. Para esta celebração fizeram-se anunciar nos serviços do Santuário três grupos de peregrinos, oriundos de França, Polónia e Estados Unidos da América. Através da liturgia proposta para este V Domingo do tempo comum, o sacerdote convidou os peregrinos a refletirem sobre a “importância de alguém que nos acompanhe e nos compreenda, que esteja próximo de nós”, porque “Deus faz isto connosco”. “Jó queixa-se, mas Deus não o abandona, o Deus de Job aceita os lamentos”, lembrou. O Pe. Vitor Coutinho explicou que “o Deus de Job, que é nosso Deus, não se cansa de estar ao nosso lado, mesmo quando nós já nos cansámos de confiar nele. “Podemos não entender as amarguras da vida, sentirmo-nos desmotivados, injustiçados, mas podemos sempre dirigir-se a Deus, porque Deus não deixa de estar próximo de nós, Deus garante que nunca estaremos sós”. O vice-reitor do Santuário disse que é esta a “garantia” do crente “que vê na oração um conforto à solidão”, porque Deus “aproxima-se e dá-nos a mão para nos ajudar a levantar”. Deus faz isto de várias formas: “Dá-nos força interior, e através de outras pessoas que se tornam mão de Deus”. Assim, esta deve ser a “forma de estar perante os outros”, com “proximidade e compaixão”, uma vez que “o mal que atinge a humanidade também nos atinge”. “Não podemos dar lugar à indiferença”, alertou o sacerdote, explicando que “a indiferença é violenta e agride”. “A mensagem de um Deus próximo tem de se opor a tudo aquilo que causa indiferença, a indiferença é um mal que nos contagia e torna-nos menos humanos”, reiterou. Na mensagem de Fátima, S. Jacinta Marto “viveu de forma simples a não indiferença, tendo compaixão e misericórdia pelos que a rodeavam”. “Aprendamos com a ela a não ficar indiferente à dor dos outros”, pediu o vice-reitor.
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