02 de outubro, 2019
«Vestida de Branco» - Exposição Comemorativa do Centenário da Primeira Escultura de Nossa Senhora de Fátima será inaugurada a 30 de novembro de 2019A Exposição Capela Múndi fica marcada pelo lançamento de um catálogo da Coleção Arte e Património
O Pe. Vítor Coutinho, vice-reitor do Santuário de Fátima anunciou esta noite que a próxima exposição temporária terá como título «Vestida de Branco» - Exposição Comemorativa do Centenário da Primeira Escultura de Nossa Senhora de Fátima. A inauguração está marcada para 30 de novembro. Esta noite, teve lugar a última visita temática à exposição temporária comemorativa do centenário da construção da Capelinha das Aparições ‘Capela-Múndi’, com o tema “A museologia e a missão cultural da Igreja” e foi conduzida por Artur Goulart, poeta, historiador e antigo diretor do Museu de Évora. A exposição temporária Capela-Múndi, encerra a 15 de outubro e foi visitada até ao final do mês de setembro por 287.286 visitantes, um recorde anual em relação à última exposição temporária. Relativamente às visitas guiadas que acontecem diariamente neste núcleo museológico, participaram cerca de 14255 pessoas. Este número representa um acréscimo no número de visitantes na exposição temporária relativamente à última mostra, que evocava o Milagre do Sol e que esteve patente entre dezembro de 2016 e dezembro de 2018. O especialista em História da Arte, Artur Goulart, é natural dos Açores, completou o curso de Teologia no Seminário de Angra e licenciou-se em Arqueologia no Pontifício Istituto di Archeologia Cristiana, em Roma, Itália, tendo também concluído o "Corso di Cultura sull? Arte Ravennate e Bizantine", da Universidade de Bolonha. Das suas inúmeras atividades destacam-se a inventariação do acervo artístico do Museu de Évora, bem como a investigação bibliográfica e o estudo de obras de arte e material arqueológico. “Uma Igreja não é um museu, mas sempre soube montar retábulos, distribuir imagens e cuidar dos seus espaços artísticos, com fins devocionais e catequéticos”, afirmou, explicando a importante missão cultural da Igreja ao longo da história, que levou a que muitos espaços de culto fossem visitados como museus. Segundo o historiador, a exposição temporária Capela Múndi “é um exemplo de excelência, os objetos expostos contam uma história, todos foram criados ao serviço da fé e transmitem uma mensagem”. “Uma exposição deve ter um sentido provocatório «q.b», ao provocarem a mente e levarem a uma reflexão, tocando as emoções”, considera Artur Goulart. Nesta última visita foi ainda apresentado, para memória futura, o catálogo desta mesma exposição que integrará a Coleção Arte e Património da linha editorial do Santuário de Fátima. A apresentação esteve a cargo de Maria Isabel Roque, que realçou a importância desta publicação para os estudos que possam surgir futuramente. Esta obra, coordenada por Ana Rita Santos e Marco Daniel Duarte, é o 3.º Número da Coleção Arte e Património e vem oferecer um “importante contributo científico a esta dimensão”. Na abertura, o Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima sublinha a importância da Capelinha das Aparições. “As comemorações do primeiro centenário da construção, e todos os seus significados teológicos, sociais e culturais, justificam o objeto nuclear desta exposição e catálogo” considera. Segundo Maria Isabel Roque, este catálogo “tem a função de manter este espaço museológico muito para lá do seu encerramento”. No seu interior, contém uma primeira parte, composta por 72 páginas, onde é possível ler um estudo sobre a Capelinha das Aparições. A segunda parte tem no conteúdo a exposição e as suas peças integrantes. Estará à venda nas livrarias do Santuário de Fátima a partir de amanhã, dia 03 de outubro. |