20 de dezembro, 2007

Com 110 anos faleceu na ilha de Lantao, ao largo de Hong-Kong, um grande devoto de Nossa Senhora de Fátima. Chamava-se Nicolau Kao.
Em Outubro de 1977, o então Bispo de Leiria, D. Alberto Cosme do Amaral, foi à célebre ilha que os Portugueses baptizaram de Formosa, e os chineses de Taiwan, tendo-me levado por companheiro. Íamos participar nas celebrações do 60º aniversário das aparições de Fátima. Tendo o avião chegado muito atrasado a Hong-Kong, já não conseguimos viajar para a Formosa, a tempo das celebrações. Mesmo assim voámos até à ilha, onde nos foram regalados oito dias de deliciosas viagens, com contactos muito fraternos.
Desde o início da viagem era nossa intenção visitar o padre KAO, que por várias vezes contactara o Santuário de Fátima, manifestando uma grande devoção para com Nossa Senhora aparecida neste lugar. Há «segredos» de Fátima pelo mundo além, fechados em muitos corações que nunca puderam vir a Portugal! Um sacerdote amigo conduziu-nos de Hong Kong a um navio, com que rumámos até à ilha de Peng-Chau, sempre sob chuva grossa, mas com óptima temperatura. Aí tomámos uma pequena embarcação motorizada, pilotada por um rosto feliz de barqueiro que à falta de língua para falar, nos cativava com modos e sorrisos.
Na minha memória - estranho que não também nos meus apontamentos - consta uma terceira passagem muito breve, num barquito a remos, que seria propriedade dos frades da Trapa, e por onde chegámos finalmente ao lugar que demandávamos. O nosso escopo era portanto visitar o P. Nicolau KAO, que há quatro ou cinco anos se refugiara ali, vindo da China comunista. Este sacerdote tinha fundado vários lugares consagrados a Nossa Senhora de Fátima, pelo menos a partir de 1945, ainda antes do regime comunista. 
No pequeno cais privativo, esperavam-nos o Prior do mosteiro, o P. Nicolau e outros. Eram ao todo 17 monges. No curto tempo que lá permanecemos, pudemos celebrar a Eucaristia, e tirar algumas fotografias, incluindo a da cela do P. Nicolau. Pelas 17h15, de novo tomámos a pequena embarcação, depois de termos decido a colina dos frades, num jipe sujo do trabalho agrícola, colega de mais dois que pareciam saídos da 2ª guerra mundial.
Conclusão transcrita dos meus apontamentos: «Foi uma bela visita, pelo carinho que significou para com o P. Nicolau. Tive a impressão de que um jovem trapista, muito à vontade no Inglês e de óptimo aspecto, apreciou sobremaneira o nosso gesto. Como sempre, marcámos o carácter mariano da  visita com o Salve Regina, cantado diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, que não podia faltar na cela (bem pobre) do P. Nicolau.»
Reze por nós, caríssimo Irmão, para que neste tempo de Natal se nos renove a  fé no Menino Deus, Filho de Maria, Nossa Senhora, a quem se consagrou.
P. Luciano Guerra.   

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