05 de junho, 2022
Terceiro Encontro na Basílica convidou os peregrinos a refletir sobre “O Santuário como lugar para a experiência da ‘luz que é Deus’”Encontro formativo foi conduzido pela Ir. Liliana Reis, religiosa da Aliança de Santa Maria, e findou com um momento musical
A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima acolheu esta tarde o terceiro Encontro na Basílica deste ano pastoral, com a Irmã Liliana Reis, religiosa da Aliança de Santa Maria, que convidou os peregrinos a refletir sobre “O Santuário como lugar para a experiência da ‘luz que é Deus’”. “Por um lado, um santuário, é um espaço que guarda em si uma história que teve Deus como protagonista”, começou por afirmar a religiosa. “Sendo um lugar rememorativo, o santuário é uma mediação da presença divina através da envolvência dos espaços, das ações sacramentais e da oração que permitem a cada peregrino encontrar-se com Deus, enquanto membro de uma comunidade”, acrescentou. Os santuários, por serem “lugar de comunhão com Deus e com os irmãos, recorda-nos a nossa condição peregrina neste mundo e como apenas alcançaremos a plena identidade quando alcançarmos a meta para a qual caminhamos”, reiterou a Ir. Liliana, afirmando ainda que um santuário “é um sinal da presença de Deus perante o Seu povo”. “Ao olharmos para o caso de Fátima, o santuário é fruto de um pedido solicitado na última aparição de 1917, e surge como uma conclusão de um percurso e memória desse mesmo percurso. Neste lugar sente-se a “eterna novidade da proximidade de Deus”, pois “há uma centralidade de Deus ao longo das visões angélicas e marianas, e essa proximidade não se limita a 1916 e 1917”. “Peregrinar a Fátima é ser extensão viva desta história e sinal para o mundo que Deus está perto”, disse a religiosa lembrando que na Cova da Iria Deus revela-se “atento e comprometido com o mundo”. “O recordado deve tornar-se o vivido, e tornar presente no mundo de hoje a força da mensagem que este santuário guarda”, considera a Ir. Liliana que atentou ainda para a circunstância de ser peregrino, que é “recordar a promessa que Deus faz a cada homem, e Fátima é história de esperança capaz de encher de luz cada peregrino”. A irmã Liliana Reis concluiu o mestrado integrado em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa com a dissertação “Fazendo-nos ver a nós mesmos» - Uma análise antropológica da Mensagem de Fátima. Atualmente, integra a comunidade da Aliança de Santa Maria, residente em Guimarães, onde colabora na Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira. Em setembro de 2022 fará os seus votos perpétuos. A segunda parte do encontro constou de um recital que conjugou a música, pelo organista do Santuário de Fátima Davide Barros, com a poesia, declamada por Fausto Ferreira, cantautor autodidata, que tem contribuído pontualmente com algumas composições para cordofones tradicionais portugueses, realizadas no âmbito de atividades da Pastoral dos Jovens do Santuário de Fátima. |