20 de junho, 2021

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Sessão de encerramento do Simpósio Teológico-Pastoral destaca “validade e interpelações” da espiritualidade de Fátima na vivência da santidade no mundo de hoje

O Santuário deve ser a grande escola que ajude as pessoas simples a viverem a santidade no quotidiano da vida concreta, afirma cardeal António Marto

 

O bispo de Leiria-Fátima encerrou ao final da manhã o Simpósio Teológico-Pastoral “Fátima, hoje: pensar a santidade”, depois de três dias de intensa reflexão sobre a mensagem de Fátima a partir do testemunho de santidade de Santa Jacinta Marto, a mais jovem santa não mártir da Igreja e afirmou que Fátima tem de ser uma “escola de santidade para os mais simples”.

“Este simpósio foi um grande contributo para que o nosso Santuário seja , e continue a ser, uma escola de santidade para o nosso tempo, para o nosso povo, sobretudo os mais simples e humildes, que são a grande maioria dos peregrinos”, afirmou.

“Mostrar o caminho como podemos viver a santidade no quotidiano, na nossa vida concreta é a verdadeira reforma de fundo da Igreja” alertou o prelado sublinhando que “este é o grande desafio da Igreja:  como ser testemunho da santidade de Cristo na vida concreta”.

“Este é o grande desafio da santidade da Igreja e estes dias mostraram que a espiritualidade de Fátima continua a ser válida e interpeladora para este nosso século XXI, dando-nos chaves de leitura para esse desafio concreto”, concluiu.

O Santuário como ´escola de santidade´ foi o eixo central deste simpósio que decorreu desde sexta-feira, no Centro Pastoral de Paulo VI.

“A pandemia condicionou toda a acção do Santuário obrigando a um esforço enorme de adequação à nova realidade, mas entendemos que, apesar de todas as limitações que o momento presente ainda tem, está na altura de recomeçarmos algumas das acções e o Simpósio foi uma dessas iniciativas”, referiu o reitor, padre Carlos Cabecinhas, ao nomear algumas iniciativas que irão decorrer presencialmente em Fátima como sinal do regresso à normalidade. É o caso dos Encontros da Basílica, de julho até outubro; do Curso de Verão em julho e do Curso da Mensagem de Fátima, em novembro.

“É um conjunto de actividades de carácter reflexivo, que tínhamos deixado cair no passado ano e que este ano estamos já a recuperar”, tal como as iniciativas da Escola do Santuário. 

“Trata-se de um esforço por dar um sinal que, mesmo neste contexto, com todos os condicionalismos, há passos que podemos dar com responsabilidade, queremos dá-los e estamos a dá-los”.

O presidente da Comissão Cientifica e organizadora deste Simpósio, Marco Daniel Duarte, aproveitou o encerramento para fazer o balanço de um ciclo “que agora termina” para destacar o empenho e o trabalho do Santuário no estudo, aprofundamento e difusão da mensagem de Fátima.

“Moveu-nos o que moveu tantos outros: o serviço aos peregrinos da Cova da Iria. Mesmo que eles não estejam aqui sentados,  foi sempre neles que pensámos no quadro da reflexão teológica. Eles foram o objecto e o objetivo da nossa reflexão”, referiu o também diretor do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima.

“Os simpósios mais do que lugares de formação são lugares de reflexão, que procura abrir horizontes do pensamento que interessam à Igreja do nosso tempo” salientou afirmando que “ olhar para a Cova da Iria, a partir das fontes primevas mas também das praticas rituais,  aquilo que vivem  e sentem os milhares de peregrinos de Fátima,  interessa aos estudiosos, e o que os estudiosos refletem interessa aos peregrinos. É uma dialética que embora nem sempre seja evidente tem sido a grande prioridade destes fóruns”.

“Fátima tem marcado a reflexão teológica internacional; fá-lo através dos grandes desafios colocados pela mariofania”,  desde logo a reflexão sobre a canonização de crianças não mártires, por exemplo, mas fá-lo, também,  através de um “debate interdisciplinar que equaciona e reflete as grandes questões da humanidade”.

Este Simpósio centrado numa das principais protagonistas de Fátima, santa Jacinta Marto, deveria ter ocorrido no ano passado, por ocasião do centenário da sua morte. A pandemia e as condições sanitárias levaram o Santuário a cancelar o encontro reajustando-o neste ano cujo tema pastoral é “Louvai o senhor, que levanta os fracos”.

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