“Sermos santos não é fazer coisas extraordinárias que causem grande espanto e admiração, é não nos resignarmos com uma vida cristã medíocre, superficial e indecisa”

“Sermos santos não é fazer coisas extraordinárias que causem grande espanto e admiração, é não nos resignarmos com uma vida cristã medíocre, superficial e indecisa”

As relíquias dos Santos Francisco e Jacinta Marto, foram veneradas na celebração da Solenidade de Todos os Santos na Basílica da Santíssima Trindade

A Basílica da Santíssima Trindade acolheu esta manhã a celebração da Solenidade de Todos os Santos, onde foram veneradas as relíquias dos Santos Pastorinhos, Francisco e Jacinta Marto.

Esta missa foi presidida pelo Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, e que afirmou que neste dia se celebra “a grande festa da Igreja peregrina na terra, a que todos nós pertencemos, e que se une à Igreja que vive já na glória, a Jerusalém celeste, que nos era descrita na primeira leitura e que está figurada no enorme painel desta Basílica da Santíssima Trindade”.

“Esta celebração apresenta-nos em cada ano a santidade como horizonte da nossa vida, que é algo que devemos desejar, que deve ser meta para a nossa própria vida”, acrescentou, dizendo ainda que é nesta ideia que reside “o grande desafio desta celebração”, a santidade “é a nossa vocação de cristãos, é sermos chamados a ser santos, e se tantas vezes resistimos a isto, é porque dos santos temos uma imagem deturpada”.

O sacerdote recordou o Papa Francisco na Exortação Apostólica sobre o chamamento de todos à santidade «Alegrai-vos e exultai»”, que considera que ser santo é “não é fazer coisas extraordinárias que causem grande espanto e admiração, é não nos resignarmos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”.

“E esse é o caminho que Jesus aponta com a proclamação das bem-aventuranças, que falam da primazia de Deus nas nossas vidas”, pois os “os santos são aqueles que souberam confiar as suas vidas a Deus, depositar as suas vidas nas mãos de Deus, e mesmo no meio das lagrimas e dificuldades e incompreensões, procuraram sempre em Deus a sua força, confiaram na Sua presença e Lhe entregaram a vida e é este caminho que somos convidados a seguir”.

O Pe. Carlos Cabecinhas disse que em cada santo, é possível descobrir a “fisionomia de Jesus, é sermos justos e procurar promover a justiça, é usarmos de misericórdia diante da fragilidade dos outros, é ser puros de coração e construir a paz à nossa volta”.

“Podemos dizer que em cada um dos santos e das santas encontramos os traços do rosto de Cristo, ser santo é imitar Jesus Cristo e viver de acordo com a Sua vontade”, reiterou.

Neste sentido, “é de santidade que nos fala a mensagem de Fátima e onde encontramos o primado de Deus para onde apontam a bem-aventuranças e essa santidade é visível nos Santos Pastorinhos e a sua canonização significa o reconhecimento por parte da Igreja, e são um exemplo a seguir, e onde é possível encontrar não apenas o enorme desejo de serem santos, mas igualmente o esforço diário por serem humildes, justos, misericordiosos, pacíficos, puros de coração, como Jesus Cristo”.

Francisco e Jacinta Marto foram proclamados santos em Fátima, pelo Papa Francisco a 13 de maio de 2017.

A partir de hoje, dia 01 de novembro, entra em vigor o horário de inverno no Santuário de Fátima, com alterações que se prolongarão até à Páscoa e serão sentidas no programa celebrativo.