25 de setembro, 2008


Senhor D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima e senhores bispos presentes
Caros colegas sacerdotes
Irmãos e Irmãs
 
No final deste acto de tomada de posse como reitor do Santuário de Fátima, tenho muito gosto de vos dirigir esta primeira palavra de saudação.
Os caminhos da Igreja, que são caminhos de Deus, para aqui nos conduziram, a mim e a vós. Não vos sei dizer exactamente porquê, mas acredito que em tudo está a mão de Deus, que se quer servir das mãos dos homens para continuar a realização da sua obra no mundo. Obrigado a todos por esta presença significativa da amizade e da sintonia com o nosso bispo que tomou a iniciativa de me chamar para esta missão. Obrigado a todos os que se sentem próximos neste e em todos os momentos, concretamente aos meus familiares, os amigos de todas as horas.
Senhor D. António Marto, quero neste dia marcante para a minha vida sacerdotal, endereçar-lhe uma sentida saudação, marcada pelos laços que a si me unem, enquanto membro desta Igreja de Leiria-Fátima, da qual é o Pastor e enquanto membro do seu Presbitério. Renovo deste modo os meus compromissos de fidelidade e colaboração, que agora se exprime no desejo que tenho de fazer o que estiver ao meu alcance para o ajudar na edificação desta Igreja Particular, à qual pertence o Santuário de Fátima. Tenho bem presente a amizade que pessoalmente me tem manifestado e que é uma característica da sua relação com todo o Povo de Deus desta Diocese. Dou graças a Deus por ser o nosso Bispo e peço a Nossa Senhora que continua a fortalecê-lo.
Comecei a ter contacto com o Santuário de Fátima, como visitante e como peregrino, desde a infância. Habituei-me a nutrir por ele uma grande simpatia e fui fundamentando uma forte empatia no que diz respeito à sua especificidade: lugar de afirmação e cultivo da fé cristã; votado a uma especial veneração por Nossa Senhora; centro de convergência de multidões de famintos de Deus e fonte de uma paz duradoira a construir. Ao longo dos anos de seminário e de sacerdócio, mas de um modo particular nos últimos três anos em que aqui trabalhei, tive possibilidade de conhecer mais de perto e a partir de uma perspectiva mais teológica e eclesial todo este manancial que é Fátima e a sua mensagem para a Igreja e para o mundo. Fiquei muitas vezes maravilhado com o que via tanto em Portugal como no estrangeiro, à simples evocação do nome Fátima. É algo que nos comove e nos ultrapassa, é algo que os homens não controlam, é algo que se inscreve no conjunto das realidades que a Providência de Deus quis e quer, como meios extraordinários e graça.
Face às dúvidas e perplexidades que o fenómeno das aparições sempre desperta em muitas pessoas e sectores, sempre me senti confortado com a atitude da Igreja, na pessoa dos bispos de Leiria, e sobretudo na pessoa dos Papas Paulo VI e João Paulo II. As suas palavras, mas mais ainda as suas peregrinações fizeram sentir a todos que Fátima está em sintonia com a Igreja e com o Evangelho.
Mais do que a novidade do reitor, o Santuário de Fátima passará agora a funcionar de acordo com o seu novo Estatuto que lhe confere a dignidade de Santuário Nacional. Este novo Estatuto corresponde à vontade da Santa Sé e dos Bispos Portugueses, que pretendem deste modo consagrar uma realidade que já era notória, pois Fátima ultrapassa muito os confins da diocese de Leiria-Fátima. Acredito e espero que este novo Estatuto, juntamente com o Regulamento Interno que se encontra em fase de elaboração e que virá a ser aprovado, contribuam para que o Santuário corresponda sempre à sua missão, no tempo presente que é o nosso tempo. Acredito e espero também que a corresponsabilidade da Igreja em Portugal seja um grande auxílio para que não faltem ao Santuário os meios humanos, concretamente os sacerdotes necessários, para o seu serviço.
Ao meu antecessor, Monsenhor Luciano Guerra, quero dizer que admiro muito a dedicação, a profundidade, o rigor e o espírito de serviço que pôs em toda a acção que aqui desenvolveu. Reconheço que nos deixa um notável estímulo para a acção futura, que tem de ter a marca da continuidade, para que tenha a marca da fidelidade à história e ao Deus que a conduz.
Aos meus colegas sacerdotes/capelães, e aos colaboradores assalariados ou voluntários exprimo a minha convicção de que, sendo obra de Deus, o Santuário de Fátima, é obra vossa, ou melhor ainda, nossa. Já contactei de perto com muitos de vós e pude colher o testemunho vivo da vossa dedicação e do gosto que tendes em servir esta casa. Peço a Deus que vos dê a graça de aprofundar cada vez mais o espírito de colaboração e serviço.
Uma palavra final para os peregrinos de Fátima aqui presentes, para os que nos acompanham através dos meios de comunicação social e para aqueles a quem chegar esta mensagem. Nossa Senhora apareceu em Fátima por causa de vós e o Santuário de Fátima existe para vós. Os peregrinos do presente ou aqueles que vierem a sê-lo no futuro são a razão de ser de tudo o que aqui se propõe, se anuncia e se vive. Sentimos, por isso, uma grande responsabilidade diante de vós, pois queremos ser pequenos instrumentos que vos ajudem ao encontro com Deus através da figura e de Maria. Sois bem vindos. Procuraremos tudo fazer para vos receber bem, dentro daquilo que são as directivas da Igreja e a razão de ser deste Santuário.
 
Santuário de Fátima, 25 de Setembro de 2008
P. Virgílio do Nascimento Antunes
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