12 de maio, 2011

Peregrinação de acção de graças pela beatificação do Papa João Paulo II
Caros irmãos e irmãs peregrinos:
Dirijo, antes de mais, as minhas cordiais boas vindas a todos vós que vindes a esta peregrinação de 13 de Maio, presidida pelo nosso amigo Senhor Cardeal Sean 0’Malley, Arcebispo de Boston, a quem saúdo com fraterno afecto. Seja bem vindo, Senhor Cardeal, ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima que é tão querido ao seu coração e muito obrigado pela sua disponibilidade a presidir.
É a primeira grande peregrinação aniversária internacional integrada já na celebração do Centenário das Aparições, sob o lema “Feliz és Tu que acreditaste”, - a saudação de Isabel a Maria no momento da Visitação.
O Papa peregrino de Fátima, por excelência
É também a primeira grande peregrinação após a beatificação do Papa João Paulo II, o Papa de Fátima, proclamada por Bento XVI com esta significativa e exultante expressão: “És beato, João Paulo II, porque acreditaste”! Portugal e Fátima associam-se à exultação de toda a Igreja com esta peregrinação de acção de graças pela beatificação, pelo dom da santidade deste Papa que tanto nos amou e por nós tão amado, que deu a Fátima uma projecção universal nunca antes conhecida. Também nós queremos que paire o perfume da sua santidade neste lugar da Cova da Iria onde veio como peregrino e deixou a sua marca indelével e inconfundível.
Sim, ele incarnou, de modo singular, o espírito do peregrino que aqui vem, em expressão sua, “com o terço na mão, o nome de Maria nos lábios e o cântico do Magnificat no coração”!
Três gestos simbólicos marcantes
Além disso, manifestou o seu particular afecto a Fátima e ao que ela significa para a Igreja e a humanidade através de três gestos inesquecíveis que desejaria evocar brevemente. São gestos simbólicos que encerram toda uma mensagem que não se esgota.
Na sua primeira peregrinação em 1982 foi deveras impressionante a sua longa e silenciosa oração diante da imagem de Nossa Senhora que nos deixou a todos em silêncio profundo, completada depois pela entrega confiante do mundo ao Imaculado Coração de Maria. Era a expressão do Papa que em tudo se confiava a Deus e a Nossa Senhora. O seu carisma, a sua coragem, a sua visão alimentavam-se de um intenso diálogo com Deus na oração, na adoração e na meditação. E na oração incluía a humanidade inteira com as dramáticas ameaças de então, que o levaram a fazer-se peregrino da paz por todo o mundo. Em Deus, ele abraçava o mundo com  a oração e o coração. Como diz o seu antigo secretário: “Tinha dois amores: Deus e o homem. E por ambos se empenhou até ao fundo com a sua vida”.
Um outro gesto que nos tocou com emoção foi a oferta da bala do atentado, que está incrustada na coroa da imagem de Nossa Senhora na Capelinha das Aparições. Para além de perpetuar a acção de graças por ser salvo da morte por intermédio da Virgem, a bala está aí como testemunho da sua fé corajosa até ao martírio, como testemunho dos milhões de mártires cristãos do século XX a que se refere a terceira parte do segredo e como interpelação a todos os cristãos à coragem da fé,  “a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho”(Bento XVI).
Por fim, no ano 2000 em que veio presidir à beatificação dos pastorinhos, legou ao Santuário o primeiro anel do seu pontificado, símbolo do seu amor esponsal à Igreja. É o gesto de quem sente aproximar-se fim da sua missão de Pastor e Guia que introduziu a Igreja no novo milénio com renovado vigor, e vem agradecer à Mãe da Igreja todo o seu auxílio e  confiar-lhe o futuro da Igreja nestes novos tempos.
Uma prece
Todos estes gestos estão em ligação profunda com a Mensagem de Fátima. Também nós queremos ter presentes nesta peregrinação as necessidades da Igreja e do mundo, particularmente dos lugares onde se sofrem as consequências da guerra e das calamidades dos recentes terramotos, invocando a maternal intercessão da Vigem Mãe.
Entoemos ao Senhor o Magnificat pelo dom deste grande Papa de Fátima. Façamos desta especial peregrinação uma grande festa de fé.  Servindo-nos das palavras do Papa Bento XVI: “Que esta festa da fé seja uma preciosa ocasião para abrir as portas a Cristo e um vigoroso convite a viver, com a generosidade do novo Beato, o Evangelho do Amor.(...) Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu –nós te pedimos – a amparar a fé do povo de Deus.
Hoje, nós te pedimos: Santo Padre, abençoa-nos!”
† António Marto, Bispo de Leiria-Fátima
 
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