04 de abril, 2009


  
 
«Francisco Marto: ‘candeia que Deus acendeu´»
 
A exposição “Francisco Marto: ‘candeia que Deus acendeu’” pretende relembrar, no centenário do seu nascimento, a vida e o testemunho do vidente Francisco Marto, criança de Fátima a quem Nossa Senhora apareceu em 1917 e que o Papa João Paulo II beatificou a 13 de Maio de 2000.
 
Está patente ao público no vestíbulo do Convivium Santo Agostinho, nos pisos inferiores da Igreja da Santíssima Trindade, até 30 de Junho.
 
Os objectos expostos integram o espólio do Santuário de Fátima, outros foram gentilmente dispensados por várias instituições religiosas. Em alguns expositores estão verdadeiras relíquias, que nunca antes estiveram expostas, entres as quais um núcleo de peças ligadas à trasladação de Francisco Marto do Cemitério de Fátima para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima, em 1952.
 
A fechar a exposição, mais uma surpresa: a assinatura autógrafa de Francisco Marto, a acompanhar as palavras que o próprio proferiu em Julho de 1917: “Nós estávamos a arder naquela luz que é Deus e não nos queimávamos. Como é Deus!!! Não se pode dizer! Isto sim, que a gente o pode dizer”.
 
A inauguração da mostra teve lugar na manhã de 4 de Abril, no 90º aniversário da morte do Beato Francisco Marto, e foi presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.
 
“Vamos (nesta exposição) contemplar o revestimento exterior do Francisco, mas é preciso que se saiba ver mais além, que se saiba ver a beleza da santidade que caracteriza Francisco”, referiu o Prelado, que durante a Eucaristia que antecedeu o acto inaugural sublinhou as qualidades espirituais e morais do vidente.
“Francisco, um rapazinho como os outros, sem instrução mas que apreendeu com a inteligência do coração a partilhar do pouco que tinha”, disse.
D. António Marto sublinhou também em Francisco a compreensão imediata do “amor redentor de Deus para o mundo” e do sentido da reparação, que “primeiro começa em nós mesmos” e que assume depois uma “dimensão comunitária, seja na forma de oração, seja na de apostolado, ou na da acção no mundo”.
 
Porque o título “Francisco Marto: ‘candeia que Deus acendeu’”?
 
D. António Marto e o Director do Serviço de Estudos e Difusão, Padre Luciano Cristino, com base no testemunho escrito deixado nas “Memórias da Irmã Lúcia”, explicaram o sentido da designação escolhida.
 
“O Santo Padre João Paulo II, na sua homilia do dia 13 de Maio do ano 2000, referiu-se assim aos dois pastorinhos mais pequenos que beatificou (Francisco e Jacinta): «A Igreja quer, com este rito, colocar sobre o candelabro estas duas candeias que Deus acendeu para alumiar a humanidade nas horas sombrias e inquietas. (…) Sejam uma luz amiga a iluminar Portugal inteiro e, de modo especial, esta diocese de Leiria-Fátima» ”, explicou o Director do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário, reiterando as palavras de João Paulo II.
 
A visita-guiada, às várias dezenas de participantes na inauguração, foi efectuada pelo responsável pela secção de Arte e Património / Museu do Santuário, Marco Daniel Duarte.
“Integram a exposição diversas peças como obras de pintura, de escultura, algumas relíquias e vários objectos ligados à família do pastorinho. Para além de uma componente bibliográfica que reflectirá acerca da produção de livros sobre o vidente, estarão também integrados documentos contemporâneos das Aparições, entre os quais um documento com a assinatura do próprio vidente”.
A exposição, explicou, foi dividida em três núcleos que marcam diferentes aspectos da breve vida de Francisco Marto. O primeiro núcleo evoca “Francisco, criança de Aljustrel”, o segundo remete para as aparições de Nossa Senhora - “Francisco, vidente de Nossa Senhora” e o terceiro núcleo aponta “Francisco, beato da Igreja”.
 
Esta mostra é da responsabilidade do director do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário, P. Luciano Cristino, e do responsável pela secção de Arte e Património/Museu do Santuário, Marco Daniel Duarte. A concepção plástica coube à arquitecta Joana Delgado, do Serviço de Ambiente e Construções.
O Carmelo de São José (Fátima), a Congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima, a Diocese de Leiria-Fátima, o Museu de Arte Sacra e Etnologia (Missionários da Consolata), a Paróquia de Fátima e Secretariado dos Pastorinhos foram as instituições e entidades que, a título de empréstimo, cederam algumas das peças em exposição.
 
Também presente no acto inaugural, o Reitor do Santuário de Fátima, Padre Virgílio Antunes agradeceu a toda a equipa do Santuário de Fátima que tornou possível a exposição e a todas as entidades que colaboraram com o Santuário pela cedência de algumas das peças. Anunciou que esta exposição e as outras patentes no mesmo espaço da nova igreja do Santuário – “Fátima no mundo” e “Francisco, o amigo de Jesus Escondido” – estão abertas ao público, diariamente, sem interrupções, entre as 9h00 e as 19h00.
 
As entradas são livres e gratuitas.
Em Maio foi iniciada a possibilidade de visita-guiada pelo responsável da secção de Arte e Património do Santuário e Fátima. Foram agendadas sete visitas, nos dias 7, 14, 21 e 28 de Maio; 4, 18 e 25 de Junho.
“Por ser o dia tradicionalmente dedicado à Eucaristia, sacramento que marcou indelevelmente a espiritualidade de Francisco Marto, a visita será efectuada às quintas-feiras e decorre entre as 15:00 e as 15:40”, diz Marco Daniel Duarte.
 
 
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