12 de outubro, 2012

O tomo quinto do volume quinto da Documentação Crítica de Fátima (DCF) abrange os documentos do segundo quadrimestre de 1930, de 1 de maio a 31 de agosto. São editados, neste tomo, 275 documentos (Docs. 1444-1718), assim repartidos: 26 cartas, 5 documentos oficiais, duas notas ou apontamentos e 242 artigos e correspondências, em publicações periódicas.  
Como nos tomos anteriores, os temas continuam a ser: a história dos acontecimentos de 1917; a polémica em volta desses acontecimentos e do próprio Santuário; a mensagem, especialmente a devoção reparadora do Imaculado Coração de Maria (cinco primeiros sábados); o processo canónico diocesano; as peregrinações ao Santuário de Fátima; a urbanização e obras na Cova da Iria; o caminho de ferro e as estradas; as receitas e despesas do Santuário; o culto e a devoção a Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Portugal e no estrangeiro.
De destacar, neste tomo, um certo progresso no esclarecimento sobre a devoção do Imaculado Coração de Maria (cinco primeiros sábados), já conhecida, desde o ano de 1925. Respondendo a várias questões que lhe foram postas pelo Padre José Bernardo Gonçalves, jesuíta, a Irmã Lúcia explica, a 12 de junho de 1930, que recebeu revelações particulares, na noite de 29 para 30 de maio. No dia 13 de junho, o mesmo sacerdote envia ao Bispo de Leiria as respostas da Irmã Lúcia, sobre a “devoção reparadora” ao Imaculado Coração de Maria e sobre a perseguição da Rússia. Estas datas correspondem ao recrudescimento da perseguição na Rússia, desde o Natal de 1929, e ao pedido de preces que o Papa Pio XI fez por essa intenção, que recebeu o consenso, não apenas dos católicos, mas também de muitos cristãos separados.   Como se sabe, o Bispo de Leiria que, já desde 1928, havia autorizado a prática particular da devoção dos cinco primeiros sábados, só virá a aprová-la oficialmente, a 13 de setembro de 1939. 
Concluída a investigação da Comissão Canónica Diocesana, sobre os acontecimentos de 1917, em Fátima, redigido e aprovado o relatório final e entregue nas mãos de D. José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria, ficou a aguardar-se a sua decisão final, que será dada a 13 de outubro de 1930.
Numa conferência, no Pontifício Instituto Bíblico, no dia 11 de maio, o Padre Luís Gonzaga da Fonseca falou do “reflorescimento de Portugal” e disse a quem ele se devia: “à Virgem Senhora do Rosário que, descendo do Céu à sua Terra de Santa Maria, na montanha bendita da Fátima, se foi depois, Missionária de Deus, de terra em terra, batendo a todas as portas, convidando-se a todos os lares”. Os sábios, cardeais, prelados e estudantes irão um dia, pelo mundo além, cantar e espalhar os louvores a Maria em Portugal. Além do que se depreende dos documentos destes quatro meses, de maio a agosto de 1930, basta ler as extensas crónicas da “Voz da Fátima”, nos mesmos meses, para constatarmos a extraordinária difusão do culto de Nossa Senhora de Fátima em todos os cantos do mundo.
            P. LUCIANO CRISTINO,
diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima
 
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