28 de novembro, 2021

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Santuário e CNE desenvolvem projecto `Escutar Fátima´

Iniciativa pretende levar os Escuteiros a vivenciar e reconhecer a importância da Fé, a partir de um itinerário centrado na mensagem de Fátima,  com várias etapas, que terminam com a conquista de uma insígnia 

 

O Santuário de Fátima e o Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português (CNE) lançaram esta tarde a iniciativa `Escutar Fátima´.

“Trata-se do encontro de dois sonhos: do lado do Santuário um sonho que foi crescendo com a presença habitual dos escuteiros ao longo da sua história de lhes proporcionar momentos de espiritualidade, que depois percebemos que também era um sonho dos Escuteiros. Daqui resulta um encontro de vontades que se materializa neste projecto conjunto” referiu o Reitor do Santuário na sessão de apresentação da iniciativa que juntou esta tarde em Fátima, no Centro Pastoral de Paulo VI cerca de 70 escuteiros e que teve transmissão on-line para que um maior número de escuteiros pudesse acompanhar.

O Reitor destacou a cooperação “frutuosa” que o santuário e o CNE têm desenvolvido ao longo da sua história recordando que os escuteiros “marcam presença em Fátima desde sempre”, seja no apoio às peregrinações, seja no acolhimento aos peregrinos seja como peregrinos, embora nem sempre “tenhamos perceção disso”.

O padre Carlos Cabecinhas, salientou de forma especial a cooperação existente ao longo dos dois últimos anos no acolhimento aos peregrinos em tempo de pandemia.

“O escutismo deu ao Santuário uma ajuda preciosa, mas o Santuário também lhes deu uma oportunidade para refletir sobre a mensagem de Fátima e a sua inserção na dinâmica escutista” sublinhou o Reitor ao afirmar que este tempo de pandemia foi “o primeiro ensaio de uma pedagogia que hoje se inicia através deste projecto Escutar Fátima”.

Ivo Faria, dirigente nacional do CNE, destacou que esta proposta vem complementar a dimensão do serviço de  acolhimento que os escuteiros prestam em Fátima.

“Queremos acolher bem, mas temos de multiplicar este sentimento de quem fez a experiência a outros” referiu o dirigente nacional anunciando quem em 2022, no ano que precede o centenário do CNE, a Luz da Paz de Belém será partilhada a partir de Fátima.

O assistente nacional do CNE, padre Luís Marinho, afirmou por seu lado que “Fátima é lugar de serviço mas também de experiência escutista”.

“É o projecto escutista que queremos desenvolver à escuta do acontecimento, da sua história, da sua mensagem e de todas as dinâmicas de Fátima e, deste modo haveremos de envolver os escuteiros numa verdadeira peregrinação a Fátima”.

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O objetivo primordial é levar os Escuteiros a fazer um itinerário de espiritualidade, seguindo o método escutista, que permita experienciar e reconhecer a importância da vivência da fé no movimento escutista, a partir da reflexão sobre o lugar de Maria na fé cristã  e do Santuário enquanto lugar de peregrinação. Quem participar nesta proposta pedagógica, delineada a partir do acontecimento e da mensagem de Fátima, vai encontrar formas de viver a amizade com Jesus e com Maria, através da oração simples e sincera, bem como a participação em atividades de partilha da Fé, impelindo os Escuteiros a viver a experiência da peregrinação, como membros de um povo peregrino.

“Não estamos a acrescentar um enclave de beatice ao método escutista, estamos a vivê-lo na sua plenitude” esclareceu o assistente nacional do CNE, padre Luís Marinho que ressalvou “não se tratar de uma proposta fechada mas que está aberta à criatividade que possa enriquecer, com novas ideias, a dinâmica que hoje estamos a conhecer”.

“Estar à escuta tem muito a ver com o que queríamos propor: mais do que de textos, estas propostas precisam de pessoas... Isto não se realiza com um escuteiro em frente a papeis ou a um computador, mas com o acompanhamento de um adulto, segundo o método escutista, que não dirige o processo mas que acompanha e vai orientando”, esclareceu ainda o sacerdote.

“São pequenas experiências, com gestos simples que podem contribuir para enriquecer  e fazer crescer os escuteiros”, afirmou Rute Santos, do Departamento de Pastoral e Acolhimento do Santuário de Fátima.

A dinâmica, que se prevê possa ter a duração de um ano, consiste na concretização de uma experiência de fé, em várias etapas, com actividades dirigidas à idade de cada grupo escutista.

A fase de preparação  “PARAR” tem como objetivo estimular os escuteiros a uma vivência individual de aprofundamento da Fé ou de conhecimento de Nossa Senhora de Fátima, da sua relação com Jesus e do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, a partir de uma ação própria, definida em função da idade e dos escalão a que pertence o escuteiro no movimento.  Os Lobitos (crianças entre os 6 e os 9 anos), por exemplo, vão aprender músicas sobre os Pastorinhos de Fátima e realizar marcadores de porta sobre a Mensagem de Fátima para distribuir na família, no agrupamento ou na paróquia. Já os Caminheiros (jovens entre os 18 e os 22 anos) serão incumbidos de preparar uma sessão de visionamento de um filme sobre Aparições de Nossa Senhora na Paróquia, com espaço para discussão e oração e fazer uma catequese para os Lobitos tendo como base a mensagem de Fátima.

Por seu turno, a fase de realização encontra-se divida em dois núcleos: a Partilha – “CAMINHAR”; e o Serviço – “SER” - que deverão ser vividas em Fátima ou a/no Caminho de Fátima. Estas valências são materializadas com oportunidades pastorais e de serviço, propostas tanto pelo CNE como pelo Santuário de Fátima.

Os Exploradores (jovens entre os 10 e os 14 anos), são convidados a participar num Peddy Paper “Experienciar o lugar – Aljustrel e Valinhos” e a visualizar o filme “A História do Rosário” (construção de uma dezena/terço humana/o), a construir depois uma dezena do rosário- as chamadas dezenas-  para oferecer aos peregrinos em Fátima. Este grupo estará ainda na preparação de kits de conforto para peregrinos do Santuário de Fátima. 

Os Pioneiros (jovens entre os 15 e os 18 anos), farão uma visita à exposição temporária e um Peddy Paper Fotográfico. Este grupo será ainda convidado a participar numa visita acompanhada para jovens. Está ainda contemplada a colaboração , em regime de voluntariado, dos vários elementos deste grupo escutista em acções concretas de ajuda na copa das Casas de Retiro do Santuário de Fátima e a reposição de velas no self-service do tocheiro no Recinto de Oração. 

Para acompanhar esta dinâmica, existe um passaporte onde os Escuteiros podem registar os requisitos/atividades realizados e validados pelos dirigentes, uma vez que concluída a dinâmica, na fase de avaliação e celebração do projeto, cada escuteiro recebe uma insígnia de madeira com a coroa de Nossa Senhora , para usar no lenço. 

“Queremos que o nosso Centenário, que se assinalará em 2022, passe por Fátima e que aja muitas anilhas com uma coroa”, disse Ivo Faria, dirigente nacional do CNE.

“Os dirigentes vão ter um papel fundamental na dinamização deste projecto” afirmou Raquel Kritinas, secretária pedagógica do CNE.

“O desafio principal é adultos decididos a fazer com os seus escuteiros a experiência como peregrinos. Para isso precisamos que quem já tenha experimentado um pouco possa contagiar outros para fazer esta experiência” acrescentou o padre Luís Marinho.

“Queria convocar a todos, de forma muito especial aqueles que integraram o serviço de acolhedores do Santuário. Tudo isso continuará integrado numa proposta pedagógica mais ampla que precisa de peregrinos como vós; não de técnicos mas de peregrinos que peregrinam com os outros, com os lobitos, pioneiros, exploradores e caminheiros” disse ainda o padre Luís Marinho ao enfatizar que “o dirigente que vive a plenitude desta proposta só se realizará peregrinando com os jovens”. 

Nos últimos anos, a parceria entre o Santuário e o CNE concretizou-se de uma forma organizada nas Peregrinações Internacionais Aniversárias e ainda na Peregrinações das Crianças. Os escuteiros estão presentes na segurança, acolhimento, atendimento aos doentes no Recinto, e organização das movimentações dos peregrinos pelos vários espaços. 

Em 2020, o reforço destas tarefas especificas de acolhimento, em contexto de pandemia, implicou mais de 3000 horas de voluntariado a que só foi possível dar resposta com o estabelecimento de três parcerias com o Corpo Nacional de Escutas, com a Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima e com Fraternidade de Nuno Álvares. O reforço das tarefas permitiu aos escuteiros poderem ter um momento de reflexão e partilha dinamizada por um dos capelães do Santuário, um contacto mais aprofundado com a mensagem de Fátima e a proposta pastoral vigente. Em 2020 esta parceria contou com um total 65 elementos provenientes de 26 agrupamentos, de 10 dioceses.

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