22 de janeiro, 2016

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Santuário de Fátima sublinha importância da obra da escultora Graça Costa Cabral na projeção do espaço como “lugar fecundo de arte contemporânea religiosa” em Portugal

Artista açoriana faleceu em Lisboa


O Santuário de Fátima lamenta a morte da escultora Graça Costa Cabral, em Lisboa, vítima de doença e, numa nota da Secção de Arte e Património sublinha a importância do seu trabalho para a afirmação do Santuário como um dos “lugares mais fecundos da arte contemporânea religiosa em Portugal”.
“Entre os nomes da galeria dos artistas que trabalharam para o Santuário de Fátima encontra-se o de Graça Costa Cabral, responsável por diferentes esculturas que também em Fátima se mostram testemunho coerente do percurso desta Autora”, refere a nota intitulada “A obra de Graça Costa Cabral (1938-2016) no Santuário de Fátima: erudição cinzelada na pedra”, assinada pelo Diretor do Museu do Santuário de Fátima.
“Como em tantas das suas obras, também em Fátima a Escultora trata os volumes de forma rotunda, o mesmo é dizer, redonda, no que este conceito tem de aproximação à ideia de perfeição” sublinha Marco Daniel Duarte.
A artista, cujo corpo estará em câmara ardente na Igreja da Encarnação ao Chiado, em Lisboa, até amanhã às 12h00, altura em que será celebrada a missa de exéquias, está profundamente ligada ao Santuário de Fátima.
Natural da ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores, vivia e trabalhava em Lisboa, tendo realizado várias obras para este Santuário, nomeadamente a escultura de Nossa Senhora Mãe do Bom Pastor que se encontra no Centro Pastoral de Paulo VI, datada de 1986; o monumento evocativo dos Padres Manuel Nunes Formigão e Luís Fischer, de 1998, e as esculturas dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, no recinto de oração, ali colocadas em 2003.
“Subjaz à relação que manteve com a temática de Fátima, na qual se integra ainda uma abordagem à Capela do Espírito Santo, proposta em 1990 e que não chegou a ser concretizada, a insistência da criação artística a partir das fontes históricas, não para mimetizar as formas antigas mas para as recriar a partir de uma linguagem muito própria, devedora da evolução artística da escultura de Novecentos” refere ainda a nota assinada pelo Diretor do Museu do Santuário de Fátima.
A artista realizou várias exposições individuais e participou em inúmeras exposições coletivas e foi  fundadora e presidente do AR.CO, nascida em 1973 como escola de arte independente, dedicando-se à experimentação, à formação e à divulgação das artes.
CR
(Ver nota na íntegra)

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