07 de março, 2021

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Santuário de Fátima reza pela Paz no Médio Oriente e pelos “bons frutos” da visita do Papa Francisco ao Iraque

Padre Carlos Cabecinhas presidiu à Missa dominical e sublinhou a importância da coerência entre a fé professada e celebrada e a vida quotidiana

 

O reitor do Santuário de Fátima pediu hoje oração pelos “bons frutos” da visita do Papa Francisco ao Iraque, “uma terra mártir sacrificada por tantos conflitos”, na missa a que presidiu esta manhã na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Na celebração, transmitida pelos órgãos de comunicação social e digital do Santuário de Fátima e TV e rádio Canção Nova “vamos pedir pelo Santo Padre e rezar pelos frutos desta visita do Papa Francisco ao Iraque, e também por todos os que vivem esta pandemia e, particularmente, aqueles que enfrentam as dificuldades dela decorrentes” afirmou o padre Carlos Cabecinhas.

“A reunião é uma reunião à distância, devido às contingências impostas pelo momento que atravessamos,  mas sentimo-nos unidos uns aos outros, em verdadeira comunhão” salientou ainda o sacerdote no inicio da celebração neste III Domingo da Quaresma que, a partir da liturgia proclamada, convida os cristãos a “examinar” a relação que cada um tem com Deus e a “avaliar” a coerência entre a fé professada, a forma como ela é celebrada e, finalmente, como é vivida.

A partir do Evangelho proclamado, em que Jesus num “gesto enérgico” manda relativizar a importância do Templo, centrando o essencial da fé cristã na coerência entre uma comunhão verdadeira Consigo e com a sua Palavra e aquilo que é a vida do dia-a-dia, o reitor do Santuário sublinha que “para quem crê em Jesus Cristo e o segue, para quem é cristão, o verdadeiro culto prestado a Deus consiste na oferta da própria vida a Deus”.

“O que dá glória a Deus é uma vida vivida em comunhão com Deus e segundo a Sua vontade. É isso que significa uma vida oferecida a Deus” esclarece o reitor ao lembrar que a mensagem de Fátima vem recordar-nos que a “nossa vida oferecida é o verdadeiro `sacrifício agradável a Deus´ e que a existência cristã, a nossa vida do dia a dia,  é chamada a tornar-se o verdadeiro `culto espiritual´”. 

Dando como exemplo os Santos Pastorinhos, que ofereceram a sua vida a Deus, o padre Carlos Cabecinhas exortou os cristãos  a não se deixarem iludir “pensando que basta participar nas celebrações e realizar umas tantas práticas quaresmais para que Deus fique contente connosco. Iludimo-nos. E esquecemo-nos que o que agrada a Deus, como nos recordava a primeira leitura, é vivermos de acordo com a Sua vontade”. 

Hoje como no tempo de Jesus “Não podia agradar a Deus o culto oferecido no Templo se a vida não fosse coerente com a fé, quando no dia-a-dia se ignorava a aliança com Deus”, esclareceu.

“É a vida vivida de acordo com a vontade de Deus que nos deve preocupar. É isso que devemos procurar. À celebração da fé vamos buscar a força para assim  a vivermos mas o principal objectivo é vivermos a vida de acordo com a vontade de Deus”, disse o reitor.

“Este tempo da Quaresma, que Deus nos oferece, é `tempo favorável´ para procurarmos ser cada vez mais coerentes com a fé que professamos e celebramos e com a fé que vivemos” exortou o responsável pelo Santuário de Fátima. 

“A quaresma que estamos a viver, com todas as limitações que enfrentamos,  é o tempo oportuno para fazermos da nossa vida uma oferta agradável a Deus. Aproveitemos este `tempo favorável´ para uma efetiva conversão”, concluiu o reitor.

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