16 de junho, 2018

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Santuário de Fátima participa na Festa da Fé em Leiria

Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima animará o canto da Missa das Crianças na Sé de Leiria

 

A exposição das três Rosas de Ouro oferecidas pelos Papas com uma conferência no Museu de Leiria, pelo Diretor do Museu do santuário, Marco Daniel Duarte;  uma instalação de rua feita prepositadamente para o evento sobre cem anos do acontecimento de Fátima e o dom que ele representa para a Igreja e para o mundo;  a animação do canto na Missa das Crianças na Sé, este sábado às 10h00, e um momento de oração e adoração Eucarística são os contributos do Santuário de Fátima para a Festa da Fé que se realiza este fim de semana para celebrar o centenário da restauração da diocese de Leiria.

A Festa da Fé, que conta com um programa diversificado e dirigido a fieis de várias idades e proveniências, encerrará com uma Missa, na Praça da República, seguida de cortejo para a Sé de Leiria, no domingo. No final da festa, será feita uma dinâmica de geminação entre as paróquias da Diocese, na Praça Paulo VI.

Rosas de Ouro e história da Diocese em exposição

Durante os dias da Festa da Fé vão estar expostas, no Museu de Leiria, as três rosas de ouro oferecidas pelos Papas ao Santuário de Fátima, numa mostra temporária intitulada “As Rosas de Pedro e as Rosas de Maria”.

Na mostra estarão as três Rosas de Ouro oferecidas ao Santuário de Fátima pelos Papas Paulo VI, em 1965, Bento XVI, em 2010, e Francisco, em 2017.

“A Rosa de Ouro é um símbolo, enviado pelos Papas a soberanos, príncipes, rainhas e outras eminentes personagens, como sinal de particular benevolência ou em reconhecimento de assinalados serviços prestados à Igreja ou a bem da sociedade; também a santuários insignes, igrejas e mesmo cidades que desejam distinguir. É sinal, pois, de fidelidade à Igreja de Cristo e ao Seu Vigário”, pode ler-se na Enciclopédia de Fátima.

O Papa Paulo VI, primeiro pontífice a visitar Fátima, foi também o primeiro a oferecer uma Rosa de Ouro ao Santuário de Fátima. A oferta aconteceu a 13 de maio de 1965, dois anos antes da sua visita à Cova da Iria, pelas mãos do Cardeal legado Fernando Cento, “como expressão de particular reconhecimento por serviços prestados à Igreja”. A distinção havia sido anunciada pelo Sumo Pontífice na sessão de 21 de novembro de 1964 do Concílio Vaticano II. Na bênção da Rosa de Ouro, a 28 de março de 1965, Paulo VI referiu-se a ela como “testemunho do paternal afeto pela nobre nação portuguesa” e “penhor da devoção (da Igreja) ao insigne Santuário, onde foi levantado à Mãe de Deus um Seu altar”.

O Sucessor de Pedro viria a distinguir o Santuário com nova oferta em 2010, pelas mãos do Papa Bento XVI, que ofereceu um ramo de rosas entrelaçado por um rosário de ouro e pérolas, que envolve, ao centro, um coração de prata, à frente do qual se encontra uma haste de espinhos. Ao depositá-lo aos pés da Imagem de Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições, o agora Papa emérito referia-se à sua oferta “como homenagem de gratidão do Papa pelas maravilhas que o Omnipotente tem realizado por Vós no coração de tantos que peregrinam a esta vossa casa maternal”.

A terceira e última Rosa de Ouro também foi entregue pelo Papa Francisco, por ocasião da sua presença no Santuário de Fátima para celebrar o Centenário das Aparições e canonizar os beatos Francisco e Jacinta Marto. A entrega foi feita no início da sua peregrinação à Cova da Iria, momentos antes de uma oração que fez congregar, em silêncio, a multidão presente no Recinto. Foi como símbolo da “união na oração com todos os peregrinos” que o Santo Padre se referiu a esta distinção, um dia antes da sua chegada.

“Preciso de vos ter comigo. Preciso da vossa união - física ou espiritual, importante é que seja do coração -, para o meu bouquet de flores, a minha Rosa de Ouro, formando um só coração e uma só alma. Entregar-vos-ei todos a Nossa Senhora, pedindo-lhe para segredar a cada um: O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio, o caminho que te conduzirá até Deus", disse o Papa Francisco, num vídeo onde antecipava a visita ao Santuário de Fátima.

A tradição desta distinção está documentada desde o pontificado de Leão IX (1049-1054) mas acredita-se remontar aos finais do século VI ou princípios do século VII. A bênção das Rosas de Ouro decorre, habitualmente, no Domingo da Alegria, no final da Quaresma.

 "Quando a igreja de Leiria acolhe o dom de Fátima"

O intuito foi fazer uma instalação de rua que levasse os diocesanos de Leiria-Fátima a sentirem-se imergidos no acontecimento de Fátima.

No centro da instalação, há uma estrutura em formato de coração entrecortado, branco por fora e revestido de imagens de peregrinos de Fátima, do vitral dos corações de Jesus e Maria que Sousa Araújo criou para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e de espelhos, que levam o visitante a, no interior do coração, a sentir-se aí acolhido juntamente com as multidões de peregrinos.

O objetivo principal desta instalação, feita propositadamente para o efeito, é sublinhar como Fátima é, para esta igreja diocesana, dom e responsabilidade: responsabilidade de oferecer à igreja universal esta experiência vivencial que conduz a Deus; e dom de acolher no seu seio as igrejas de todo o mundo que em Fátima reconhecem uma interpelação do Evangelho.

Esta Instalação é composta por dois painéis, que propõem um percurso imersivo, apresentando alternadamente excertos das Memórias da Irmã Lúcia e uma cronologia do acontecimento de Fátima, seguindo um `roteiro´a partir de três ideias-chave: quando a palavra de Deus interpela a igreja; quando a igreja se sente interpelada e Deus revela-nos o Seu Coração.

 

 

 

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