20 de agosto, 2016
Santuário de Fátima evoca memória da 4ª aparição nos ValinhosPeregrinos percorreram caminho da Via-sacra meditando o rosário
O Santuário de Fátima evocou a memória da 4ª aparição de Nossa Senhora, a 19 de agosto de 1917, nos Valinhos, propondo aos peregrinos uma caminhada noturna pelo caminho da Via-sacra, de 2,5 quilómetros, até ao lugar da aparição onde foram recordados os acontecimentos desse dia. Os peregrinos saíram da Capelinha das Aparições e terminaram a sua oração nos Valinhos. Pelo caminho rezaram o terço e meditaram no conteúdo da mensagem deixada por Nossa Senhora aos pastorinhos nas primeiras três aparições. O reitor do Santuário de Fátima, que presidiu à celebração evocativa, sublinhou o exemplo de vivência cristã dos pastorinhos que aceitaram oferecer-se a Deus e pediu aos peregrinos que “imitem esta sua oferta”. Na 4ª Estação da Via-sacra foi evocada a segunda aparição de Nossa Senhora (junho) e destacada a missão de difusão da devoção ao Seu Imaculado Coração. Na 7ª Estação foi evocada a aparição de Julho (3ª aparição), durante a qual Nossa Senhora pede sacrifícios pela conversão dos pecadores. Por fim, na 8ª Estação o presidente, Pe Carlos Cabecinhas, convidou os peregrinos à evocação da 4ª aparição frisando a importância da oração, da conversão e da paz. A 19 de Agosto de 1917, Nossa Senhora apareceu nos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, e pediu-lhes que continuassem a ir à Cova da Iria no dia 13 e que rezassem o terço todos os dias. «Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas», disse Nossa Senhora. Durante a Via-sacra os peregrinos cantaram a ladainha dos pastorinhos e diferentes cânticos marianos. Recorde-se que o monumento celebrativo desta aparição foi construído a expensas dos católicos húngaros e inaugurado a 12 de Agosto de 1956. A branca imagem de Nossa Senhora de Fátima é obra da escultora Maria Amélia Carvalheira da Silva. De manhã o Santuário já tinha feito a evocação da 4ª aparição com a celebração da Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade. O reitor do Santuário de Fátima, que presidiu à celebração, afirmou que a celebração deste dia «convida» à confiança, e «desafia» a acolher Nossa Senhora, «aceitando este apelo à oração». «Acolher Maria como discípulo, implica aprender a ser compassivos como ela, estarmos atentos aos outros e às suas necessidades. Não podemos ficar apáticos e indiferentes perante o sofrimento e as necessidades dos outros», insistiu o Pe. Carlos Cabecinhas. O sacerdote reiterou a importância da solidariedade perante os que sofrem: «É o caso das vítimas da guerra, dos exilados e refugiados, pelos desalojados dos incêndios, ou simplesmente por aqueles que estão ao nosso lado e necessitam que os ouçamos. A mensagem de Fátima é desafio a esta empatia, a sermos misericordiosos como o Pai».
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