13 de novembro, 2022
Santuário de Fátima celebra Dia Mundial dos Pobres e o aniversário da Dedicação da Basílica da Santíssima Trindade“Não podemos olhar para a Igreja como se estivéssemos fora dela a maravilhar-nos com a beleza ou a escandalizar-nos com os pecados” afirma padre Joaquim Ganhão
A comemoração do Dia Mundial dos Pobres e do aniversário da dedicação da Basílica da Santíssima Trindade, inaugurada em outubro de 2007, marcou a missa que assinalou a peregrinação mensal de novembro, fazendo memória das Aparições da Virgem Santa Maria aos três pastorinhos, entre maio e outubro de 1917. “Celebramos hoje, com grande alegria o aniversário da Dedicação desta Casa de Deus” e “rezamos de modo particular para que seja vencida a pobreza que mata, como nos convida o Santo Padre na mensagem para este dia, de modo a sabermos encontrar os pobres e acabar com tantas ansiedades e medos inconsistentes, para nos fixarmos naquilo que verdadeiramente importa na vida e que ninguém nos pode roubar: o amor verdadeiro e gratuito, o amor concreto para com os nossos irmãos a começar pelos mais pobres” afirmou o padre Joaquim Ganhão. O diretor do Departamento de Liturgia presidiu à celebração principal deste 33ºDomingo do Tempo Comum e lembrou, a partir da liturgia proclamada que nos aponta para o triunfo do bem sobre o mal, que todo o cristão é uma “pedra viva” onde “Deus habita” e, por isso, “não podemos olhar para a Igreja como se estivéssemos fora dela a maravilhar-nos com a beleza ou a escandalizar-nos com os pecados”. “Somos pedras da mesma construção e responsáveis pela santidade que nos deve habitar e pelo testemunho que todos devemos dar. Na Igreja, argamassados pelo Espirito de Deus, somos um corpo unido na unidade do Pai, do Filho e do Espirito Santo”, destacou o sacerdote. “Neste lugar somos chamados a andar na presença do Senhor de todo o coração, porque sabemos que o Senhor aqui nos envolve com o seu amor, nos escuta e nos concede o perdão”, frisou ainda. Na homília da missa que faz memória das aparições por ser dia 13 de novembro, o sacerdote lembrou que na mensagem de Fátima, desde as aparições do anjo da Paz, os pastorinhos deixaram-se envolver neste amor gratuito de Deus, expresso na Santíssima Trindade a quem rezavam. “Mais do que uma oração aprendida, tratou-se de uma experiência vivida, de uma verdadeira imersão no Mistério de Deus que os preparou para acolherem a mensagem de Nossa Senhora”, disse o padre Joaquim Ganhão ao desafiar os peregrinos participantes nesta celebração a imitir o exemplo de São Francisco e de Santa Jacinta. “Esta Basílica cuja Solenidade da Dedicação hoje celebramos é, para nós, lugar onde este encontro com Deus, Santíssima Trindade acontece, onde nos podemos sentir envolvidos por essa mesma luz imensa que nos arde dentro do peito, nos converte ao amor, nos torna capazes de penitencia, de conversão, de intercessão e de louvor e daquela mesma inquietação que habitava o coração de Santa Jacinta: que toda a gente se possa ter em seu coração o fogo do amor de Deus”, disse. "Contemplemos este extraordinário mosaico que temos diante de nós! Ao olhá-lo vemos o nosso futuro... vemos os efeitos da mensagem de Nossa Senhora neste lugar. Ali encontramos o Cordeiro Imolado e Vitorioso, o vencedor do pecado e da morte, para o qual Maria conduz a Igreja pela mão, na grande peregrinação da fé até ao coração de Deus. Coloquemo-nos lá e deixemos que Maria nos conduza até ao seio adorável da Santíssima Trindade, onde sentiremos a alegria da salvação", concluiu. Nesta celebração participaram vários grupos, entre eles um de Portugal, cinco de Espanha e dois de Itália e da Polónia. |