05 de setembro, 2016

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Santuário de Fátima acolheu primeira peregrinação da Pastoral Penitenciária

Os reclusos, suas famílias, capelães, assistentes, e voluntários querem agradecer a visita da Imagem Peregrina a alguns estabelecimentos prisionais.

 

A Pastoral Penitenciária realizou hoje, pela primeira vez, uma peregrinação ao Santuário de Fátima. «Acontece particularmente este ano porque é o ano da misericórdia e a misericórdia está muito relacionada com este tipo de pessoas que cometeram algum ato ilícito. Somos convidados a ter misericórdia, a não sermos tão aplicadores da justiça fria», esclareceu o Pe. João Gonçalves, diretor nacional da Pastoral Penitenciária.

Esta iniciativa não engloba só reclusos, mas particularmente todas as pessoas que estão ligadas à Pastoral Penitenciária, como é o caso dos padres, dos visitadores colaboradores e dos familiares.

O diretor da Pastoral Penitenciária salientou a importância de peregrinar a Fátima com a aproximação do Centenário das Aparições para «retribuir a Nossa Senhora a visita que ela nos fez através do périplo da Virgem Peregrina».

«Fátima fala de oração e penitência. A penitenciária é um momento de forte sofrimento. Os reclusos sabem que os próprios pastorinhos estiveram presos algumas horas e rezaram com os presos. Este é um momento muito forte de eficácia e profundidade na mensagem de Fátima», disse o Pe João Gonçalves.

«A dimensão da espiritualidade é uma dimensão libertadora da pessoa. Quando a pessoa se sente interiormente refeita tem um caminho iniciado para a sua própria libertação e recuperação em todas as dimensões», afirmou ainda.

A peregrinação iniciou-se com o acolhimento e entrada pela Porta Santa da Misericórdia, na Basílica da Santíssima Trindade, seguida pela Eucaristia presidida por D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa e membro da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana que integra a pastoral Penitenciária.

«Os reclusos estão privados da sua liberdade mas não estão privados da sua dignidade», alertou o prelado que salientou, ainda, a importância deste momento para «ajudar a despertar a sociedade para a realidade das prisões».

«A experiencia da misericórdia de Deus é luz que nos faz olhar o outro como irmão e como irmã e caminhar na luz, que é o caminho dos verdadeiros filhos de Deus. Nossa Senhora acolhe-nos com alegria particularmente a nós e conduz-nos ao Seu Filho que é o rosto da misericórdia»

D. Joaquim Mendes lembrou todos aqueles que gostariam de ter vindo e não puderam, e disse que «Nossa Senhora pede aos cristãos que rezem pela transformação, pela conversão e abertura de coração. A mensagem de Fátima está intimamente ligada à misericórdia e mudança de coração».

Este programa termina pelas 15h00 com uma oração de despedida na Capelinha das Aparições. Inscreveram-se para participar cerca de 100 pessoas.

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