10 de março, 2018
Santuário de Fátima acolheu hoje primeira edição das Jornadas de ArquivoIniciativa decorreu no Centro Pastoral de Paulo VI e contou com 75 participantes
O Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, através do Serviço de Arquivo e Biblioteca, acolheu as suas Jornadas de Arquivo, que decorreram hoje no Centro Pastoral de Paulo VI, em Fátima. Na sessão de abertura, o reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas lembrou os 75 participantes que desde cedo, o Santuário “sentiu necessidade de preservar os documentos próprios da história de Fátima”. Fundado em 1973, o Serviço de Estudos do Santuário de Fátima, tinha já a responsabilidade da gestão do arquivo documental. “Este cuidado não está relacionado com sensibilidades ou excentricidades, mas sim é missão do Santuário de Fátima segundo os estatutos que afirmam que é missão «preservar as fontes da mensagem de Fátima», e esta tarefa não é secundária mas é sim missão, usando boas práticas”, lembrou o reitor, Por seu turno Marco Daniel Duarte, diretor do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, deu as boas-vindas aos participantes oriundos de todo o país e com as mais diversas funções e formações académicas. Esta iniciativa conta com uma participante da Comunhão Anglicana. O diretor do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, deixou votos que estas primeiras jornadas sejam “úteis” e que esta iniciativa consiga mais edições. No primeiro painel, com tema "Ambiente regulador", foi possível ouvir três oradores. “Organização dos arquivos religiosos à luz dos direitos canónico, civil e concordatário”, foi o título da comunicação de José Maria Afonso Coelho, Instituto Superior de Teologia de Évora. Fernando Soares Loja, da Comissão da Liberdade Religiosa e presidente da Assembleia Geral da Aliança Evangélica Portuguesa falou sobre “Direito, religião e sociedade: acesso à informação e proteção de dados na experiência de outras igrejas”. “"Intimidade" e "consciência": como definir o que proteger”, foi o tema abordado por Américo Pereira, Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa No período da tarde, Marco Daniel Duarte, diretor do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, fez uma reflexão sobre “Identidade histórica e intimidade: desafios historiográficos a propósito da Causa para a Beatificação de Lúcia de Jesus”. O historiador considera a biografia da Ir. Lúcia de Jesus um “manancial de informação” de uma serva que se mostrou “iluminada pelo Deus em que acreditava”. Em seguida, o tema debatido foi o “«Correio de Nossa Senhora»: conteúdos, problemas e formas de acesso”, por André Melícias, Coordenador do Serviço de Arquivo e Biblioteca do Santuário de Fátima. A última comunicação da tarde foi da responsabilidade de Alexandra Fonseca, ConsulArte, com a comunicação “O acesso à imagem: sobre os direitos de autor e sobre os direitos dos representados Alexandra Fonseca, ConsulArte”. Na palavra final, Marco Daniel Duarte mostrou alegria por estas primeiras jornadas e afirmou “esperança” na sua continuidade. “A nota de interdisciplinaridade faz com que saiamos daqui mais ricos e que tomemos estas matérias para o nosso trabalho”, num dia formativo que segundo o diretor do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima não pretende ensinar mas sim “ajudar à reflexão sobre as matérias”. Este fórum formativo teve como objetivo refletir sobre o “Acesso à informação e proteção de dados nos arquivos da Igreja”, partindo do ambiente regulador complexo que enquadra a sua atividade e tomando contacto com os desafios da prática quotidiana. (notícia atualizada 17h00)
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