29 de maio, 2016
Santuário cede altar da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima à igreja da GolpilheiraCelebração que marca reabertura da igreja depois das obras foi presidida pelo bispo de Leiria-Fátima
O Santuário de Fátima acaba de ceder à igreja da Golpilheira, paróquia da Batalha, o altar antigo da Basílica de Nossa Senhora do Rosário. A dedicação do altar e a bênção do espaço, que sofreu obras de conservação e renovação no último ano, foi presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, e concelebrada pelo pároco, pe. José Ferreira Gonçalves e pelos reitor e administrador do Santuário de Fátima, padres Carlos Cabecinhas e Cristiano Saraiva, respetivamente. Durante a homília, D. António Marto cumprimentou a comunidade pelo esforço na reconstrução “de uma igreja acolhedora e funcional” que não pode ser transformada “numa estação de serviços religiosos” mas tem de se assumir como “uma comunidade de fé, de esperança e de amor”. “O edifício da igreja existe como sinal visível que convida a levantar o olhar e o coração para o mistério de Deus, da sua presença como Deus connosco e da beleza do seu amor misericordioso que não abandona o seu povo: sinal visível da presença de Deus invisível”, disse D. António Marto. O bispo diocesano alertou, por outro lado, para a consciencialização de que “não basta erguer templos de pedra, se não há lugar para Deus no templo vivo do nosso coração”. “A Igreja de pedras vivas é construída sobre a única pedra angular que dá solidez e coesão ao edifício espiritual: Jesus Cristo” precisou D. António Marto frisando que “uma comunidade cristã viva existe onde reconhecemos Jesus como Senhor e Salvador e o seguimos na vida; edifica-se onde se escuta e lê o Evangelho de Cristo, se celebram os sacramentos do seu amor e se vive o amor fraterno”. A verdadeira igreja de Jesus Cristo “não é uma Igreja de pedras mortas, uma estação de serviços religiosos, mas uma comunidade de fé, de esperança e de amor”, concluiu o prelado apelando a uma igreja, cada vez mais “em saída missionária” que não ceda à tentação de esquecer Deus, como “se Ele não existisse ou fosse supérfluo”, naquilo a que apelidou de “eclipse cultural de Deus”. “Sejamos pois plenamente cidadãos dignos do Evangelho de Cristo. Não deixemos que nos roubem o entusiasmo missionário”, concluíu D. António Marto. Além do Altar o Santuário de Fátima cedeu igualmente outros elementos litúrgicos como a cadeira da presidência; dois bancos; duas mesas; a coluna onde fica a Imagem de Nossa Senhora de Fátima e, ainda, dois vasos de flores que ficarão junto ao Sacrário e à imagem de Nossa Senhora. A Igreja de Nossa Senhora de Fátima entrou em obras no passado mês de setembro. Construída na década de 50 evidenciava alguns sinais de degradação sobretudo na estrutura do telhado, onde foi feita a maior intervenção, tendo-se aproveitado a ocasião para proceder a melhoramentos na iluminação, estética do edifício e adequação às normas litúrgicas atuais. |