19 de janeiro, 2025
“Sabermos que Jesus Cristo não nos abandona é uma alegria que ninguém nos pode tirar”A partir do milagre de Caná, que o Evangelho hoje apresenta, o padre Carlos Cabecinhas conduziu os peregrinos a uma reflexão sobre a capacidade de Jesus de transformar e dar sentido à vida, e sobre o papel intercessor de Maria.
O episódio das bodas de Caná, a que o Evangelho hoje alude, foi objeto de reflexão na homilia proferida pelo padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, na missa deste domingo, celebrada na Basílica da Santíssima Trindade. Os sinais presentes no milagre de Caná — o primeiro milagre de Jesus — “são ações simbólicas que apontam para algo mais importante: revelam quem é verdadeiramente Jesus e qual a sua missão”, disse o presidente da celebração. Nesse sentido, prosseguiu, o mais importante não é a transformação da água em vinho, mas o significado desse gesto. “Ele pode transformar a nossa vida e enchê-la das bênçãos de Deus”, sustentou, reforçando que Jesus se faz presente na vida de cada um para a transformar, dar-lhe sentido pleno e alimentar a esperança, mesmo nos momentos mais difíceis. “E aqui reside o motivo da alegria cristã: sabermos que Jesus Cristo não nos abandona nas dificuldades. Esta é uma alegria que ninguém nos pode tirar”, sublinhou o padre Carlos Cabecinhas. A partir do milagre de Caná o sacerdote estabeleceu um paralelismo com o evento de Fátima, concretamente, naquele que foi o papel de Maria nos dois momentos. Foi a mãe de Jesus que, estando presente nas bodas, deu conta do que se passava e intercedeu pela família. O mesmo sucedeu na Cova da Iria. “Nossa Senhora dá-se conta dos dramas do mundo em que vivemos e das dificuldades das nossas vidas e vem”, referiu. E trouxe à lembrança as palavras do Papa João Paulo II em relação a Fátima: “foi a dor dos filhos que fez gritar o coração da Mãe”. A certeza de que Maria intercede junto de Jesus é o que traz tantos peregrinos a Fátima, que os move na direção da Mãe para lhes dirigem as suas súplicas. “Mas, para que Jesus transforme as nossas vidas e para que possamos experimentar a alegria que nos vem trazer, é necessária a nossa adesão a Ele e às suas palavras”, salientou o presidente da celebração. Trazendo uma vez mais à reflexão o exemplo de Maria, salientou que, com ela, “aprendemos a disponibilidade para Deus, essa disponibilidade que ela viveu e a que nos exortou, aqui, em Fátima, ao convidar-nos a oferecermo-nos a Deus”. O padre Carlos Cabecinhas concluiu, exortando os peregrinos a, por intercessão de Nossa Senhora, pedirem a Jesus a força necessária para fazerem tudo o que Ele disser e para que a participação na Eucaristia seja transformadora. No final da celebração, os peregrinos rezaram a oração jubilar de consagração a Nossa Senhora, proposta pelo Santuário no âmbito do Jubileu de 2025. |