16 de junho, 2024

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“Rezem para que missionários continuem a ser enviados para países do mundo inteiro”

Bispo auxiliar de Osaka, no Japão, presidiu à missa deste domingo no Recinto de Oração.

 

O trabalho das missões e os frutos que lentamente vão gerando estiveram no centro da homilia da missa deste domingo, no Recinto de Oração, presidida pelo bispo auxiliar de Osaka, D. Paul Toshihiro Sakai.

Com a eucaristia desta manhã, culminaram dois dias de peregrinação da Sociedade Missionária da Boa Nova, cujo trabalho o bispo japonês enalteceu, dirigindo uma palavra de agradecimento especial ao superior geral, padre Adelino Ascenso.

A partir das leituras deste Domingo XI do tempo comum, D. Paul Sakai afirmou que, assim como o Reino de Deus pode ser comparado a uma planta, em que “de uma pequena semente, cresce uma grande árvore”, “o mesmo acontece com as igrejas que crescem graças às missões”. É assim no Japão, um dos países onde se encontram os Missionários da Boa Nova.

“No entanto, o fruto da missão não é facilmente visível aos olhos humanos”, sublinhou. “Mesmo que se reze muito, se passe muito tempo a trabalhar pode ser difícil ver os frutos, mas há certamente frutos” e apontou o seu próprio exemplo: “o facto de eu, como japonês, estar a celebrar a missa aqui, hoje, é o fruto visível da missão”.

D. Paul Sakai partilhou com os muitos peregrinos que hoje se encontravam no Recinto de Oração um pouco da história da sua família e de como esta se tornou católica. Contou que quando, na II Guerra Mundial, seu pai perdeu os pais, tendo ficado sozinho com a irmã, foi um padre jesuíta americano que os ajudou. O pai de D. Paul Sakai decidiu depois ser batizado e o mesmo sucedeu com a irmã, devido ao trabalho desenvolvido pelas freiras missionárias. “Atualmente somos católicos na nossa família, estes são os frutos da missão”, completou.

O bispo auxiliar de Osaka revelou ainda que a Igreja no Japão é pequena, sendo a percentagem de católicos inferior a 1%. Isso significa que “99% dos japoneses não conhecem a fé católica, não sabem que uma morada eterna lhes foi preparada no Céu, não conhecem o amor de Deus Pai, não conhecem o Salvador que Deus enviou pela humanidade, não conhecem a Virgem Maria sua mãe, nesse sentido são pessoas solitárias”.

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Com uma palavra de agradecimento aos 1.300 padres que se encontram a trabalhar no Japão, 35% dos quais pertencentes a congregações e institutos missionários estrangeiros, deixou um pedido aos peregrinos: “Por favor, rezem para que missionários continuem a ser enviados para países do mundo inteiro, por favor rezem para que aumente o número de jovens que sonham tornar-se missionários”.

Dirigindo-se diretamente à assembleia, pediu ainda que cada um seja missionário no seu próprio lugar. “O lugar onde vos encontrais é o vosso campo de missão, seja em casa, no trabalho, na comunidade, na escola. Ao tornares-te a pessoa que se espera de ti serás missionário nesse lugar, é isso que Deus espera de ti”.

D. Paul Sakai proferiu algumas palavras em japonês e terminou a homilia evocando a aparição de junho e o que, na ocasião, Maria disse aos Três Pastorinhos: “Jesus quer servir-se de vós para me tornar conhecida e amada, ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.

“Peçamos a Nossa Senhora, Maria, que este seu desejo se realize em mim, em todos nós”, concluiu o bispo auxiliar de Osaka.

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