12 de julho, 2020
Reitor do Santuário elogia ação dos bombeiros e pede oração permanente dos cristãos pelos que “arriscam a vida pelo bem de todos”O padre Carlos Cabecinhas presidiu à Missa dominical no Recinto de Oração. Esta noite, começa a celebração da Peregrinação Internacional Aniversária de julho
O Reitor do Santuário pediu esta manhã aos peregrinos que participaram na Missa dominical, no Recinto de Oração, que rezassem “pelo bombeiro que perdeu a vida a combater o incêndio na Serra da Lousã (este sábado), pela sua família e por todos os que ficaram feridos”. “Nesta altura do ano convido-vos a termos presente na nossa oração todos os bombeiros e todos aqueles que, com sacrifício e perigo, arriscam a sua própria vida pelo bem de todos”, exortou o padre Carlos Cabecinhas. Na sua reflexão dominical, o responsável pelo Santuário sublinhou a importância da leitura da Bíblia- "sozinhos ou em família"-, em particular dos Evangelhos, na vida dos católicos. “O que nos é pedido é que escutemos, meditemos e saibamos acolher, com atenção, a palavra de Deus” que “não serve para nos distrair ou divertir” mas para “transformar a nossa vida”. A homilia centrada no Evangelho proclamado este domingo, que nos anuncia a parábola do semeador e lança a semente da palavra de Deus em quatro solos diferentes, deixou alguns alertas. O primeiro prende-se com a necessidade de distinguirmos a palavra de Deus de todas as outras . “Vivemos num mundo tão cheio de palavras- as que dizemos e as que ouvimos, daqueles que falam connosco ou aquelas que nos chegam pelos órgãos de comunicação social, ou pela internet- que, por vezes, torna-se difícil distinguir a palavra de Deus”, lembrou o sacerdote ao sublinhar que “muitas dessas palavras são superficiais” ao contrário da palavra de Deus, que “não é uma palavra entre outras”. Por outro lado, alertou, para o perigo de escutarmos a Palavra “com um entusiamo momentâneo ou superficial” que nos impede de sermos consequentes e de a pormos em prática, impedindo que ela dê frutos. “A palavra de Deus é diferente de todas as outras porque é transformadora e, se a nossa vida não se transforma é porque nós estamos desatentos ou indisponíveis para nos deixarmos transformar por ela. É disso que nos fala a parábola do semeador”, afirmou o reitor do Santuário de Fátima. “Não basta escutar, é preciso escutar com atenção” para que a palavra de Deus “determine e condicione as nossas opções e atitudes; que ela guie a forma como vivemos e nos relacionamos uns com os outros”, esclareceu ao concluir que só assim seremos terreno fértil para que a palavra de Deus “dê frutos em abundância”. A este propósito deu como exemplo Maria que soube “estar atenta à palavra de Deus: Ela escutava-A, meditava-A e guardava-A no seu coração. Maria é o exemplo perfeito do terreno bom. Foi com Ela que os santos Pastorinhos aprenderam”, sublinhou o reitor. “Nesta escola de Maria aprendamos também nós a escutar a palavra de Deus e a deixar-nos transformar por ela”, mesmo com a consciência “de que nem sempre conseguimos ser terreno bom”. Esta noite inicia-se a Peregrinação Internacional Aniversária de julho, que será presidida por D. Vitorino Soares, bispo auxiliar do Porto. Esta é segunda peregrinação do ano a ser celebrada com o Recinto aberto à participação da assembleia, depois do período de confinamento imposto pela pandemia, seguindo um formato mais breve, por forças das contingências que persistem na organização de eventos públicos. A peregrinação começa hoje, às 21h30, com a oração do Rosário, a que se seguem a Procissão das Velas e a celebração da Palavra, no altar do Recinto. Amanhã, dia 13, às 09h00, será rezado o Rosário e às 10h00 tem lugar a Missa Internacional, no Recinto de Oração, com a Bênção dos Doentes, concluindo-se com a Procissão do Adeus. A celebração das aparições do 13 de julho de 1917 tem por base a narrativa contada por Lúcia, que elenca quatro elementos principais: o pedido de Nossa Senhora aos Pastorinhos para que voltassem, no dia 13 seguinte; a insistência na oração do terço, para o abrandamento da guerra; os pedidos da Lúcia para a cura de algumas pessoas próximas; e a promessa de Nossa Senhora de fazer um milagre, em outubro, para que todos acreditassem”. D. Vitorino Soares, bispo auxiliar do Porto, preside a esta peregrinação pela primeira vez, quatro dias antes de completar o seu primeiro ano de episcopado. Durante as celebrações, o Santuário de Fátima manterá o protocolo de segurança em vigor com um renovado pedido aos peregrinos para que respeitem o distanciamento social e o uso de máscara bem como a higienização frequente das mãos. As entradas e saídas do Santuário estão devidamente assinaladas bem como os percursos para a Comunhão, os quais devem ser respeitados por todos. |