31 de dezembro, 2020
Reitor do Santuário deixa mensagem de esperança, pedindo aos peregrinos que se comprometam “com gestos concretos de partilha e de especial atenção aos outros”Pe. Carlos Cabecinhas presidiu à missa de ação de graças pelo ano findo
A Basílica da Santíssima Trindade acolheu esta tarde uma celebração em ação de graças pelo ano findo, com canto do hino “Te Deum”. Esta missa foi presidida pelo Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima. O sacerdote interpelou os peregrinos a “dar graças a Deus por tudo o que nos concedeu ao longo deste ano difícil de 2020, que agora termina”. “Mas queremos sobretudo, suplicar a Deus que nos cumule com as suas bênçãos, para que o novo ano, que aí vem, seja melhor do que este que termina”, disse, lembrando as leituras proclamadas e que asseguram que “Deus não nos faltará com a Sua bênção”. Num ano particularmente difícil, o Pe. Carlos Cabecinhas falou de paz enquanto “síntese de todos os dons e bênçãos de Deus, e é esse dom que pedimos para o novo ano de 2021, conscientes de que a paz é também tarefa nossa”. “Assim, com imagens muito humanas, os textos bíblicos falam-nos do rosto radiante e sorridente de Deus, sinónimos da Sua bondade para connosco, sorri para nós, que inspira confiança e abre o coração à feliz esperança no início deste novo ano”, explicou o sacerdote. O olhar “benevolente e misericordioso de Deus sobre nós é fonte inexaurível de bênção e das Suas graças”. No final “de um ano tão estranho e difícil, como foi este de 2020, a Palavra de Deus vem renovar a nossa esperança, vem fortalecer a nossa confiança em Deus, que nunca nos abandona nem nos deixa sós nas dificuldades”, recordou o reitor do Santuário de Fátima. “A celebração deste dia diz-nos também que a bênção de Deus nos chega pelas mãos de Maria, somos olhados amorosamente pela Mãe de Deus e também ela intercede para que, no novo ano, recebamos as bênçãos de Deus”, assegurou o responsável. Assim, “é por ela que recebemos o dom supremo de Deus: o Seu Filho, Jesus Cristo, que Se fez homem, e que é a nossa Paz”. A bênção de Deus tem de “ser acolhida no nosso coração com amor e gratidão e, depois, transformada em gestos concretos de amor e de paz”. “Acolher a bênção de Deus significa comprometermo-nos com gestos concretos de partilha e de especial atenção aos outros, e isto não depende de Deus, depende de cada um de nós, da nossa vontade e nosso compromisso”, reiterou o Pe. Carlos Cabecinhas. “Não deixemos de nos comprometer, para que este ano de 2021 seja melhor do que este que agora termina”, desafiou o reitor do Santuário de Fátima. Em consequência das restrições decretadas pelo Governo e que abrangem os próximos dias, o Santuário de Fátima alterou o calendário de celebrações previstas, e na impossibilidade de se realizar a missa pelas 22h30, com o canto do hino "Te Deum", como estava previsto, e este momento foi integrado nesta celebração. “Este não foi um ano normal, foi o ano em que uma pandemia veio pôr em causa as nossas seguranças e modos de vida; um ano em que estranheza nos assaltou e em que se multiplicaram os medos, apreensões e dificuldades”, disse o Pe. Carlos Cabecinhas, salvaguardando que apesar disso “não podemos ceder à tentação de deixar que os aspetos negativos marquem de tal forma a nossa avaliação do ano, que nos esqueçamos de tudo o que de bom este ano nos trouxe”. Por isso, “ao terminarmos esta celebração, queremos dar graças a Deus por tudo o que Ele nos concedeu, queremos louvá-Lo pela sua presença nas nossas vidas, mesmo no meio das dificuldades”. Amanhã, dia 1 de janeiro de 2021, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, missa pelas 11h00 na Basílica da Santíssima Trindade. Esta celebração terá interpretação em Língua Gestual Portuguesa, e será transmitida nos meios digitais do Santuário de Fátima. Recordamos que neste novo ano pastoral, sob o tema “Louvai o Senhor, que levanta os fracos”, inspirado na frase bíblica “Jovem, eu te digo, levanta-te!”, do evangelho de Lucas (Lc7,14), os peregrinos são convidados a olhar para a mensagem de Fátima como a expressão da solicitude materna para com uma humanidade frágil e em sofrimento, sobretudo num tempo como o desta pandemia que o mundo atravessa. |