05 de janeiro, 2020
Reitor desafiou os peregrinos a fazer no quotidiano a experiência dos Magos do OrienteSolenidade da Epifania do Senhor foi celebrada em Fátima este domingo por milhares de peregrinos
O reitor do Santuário de Fátima afirmou esta manhã, na missa da Solenidade da Epifania do Senhor, a que presidiu na Basílica da Santíssima Trindade, que os Magos do Oriente ensinam o caminho que leva ao encontro de Jesus, luz do mundo, e por isso são modelo para os cristãos. “Sabemos pouco sobre a sua vida, mas sabemos o essencial: puseram-se a caminho, perceberam os sinais de Deus, desinstalaram-se do seu conforto, seguiram uma estrela e chegaram ao pé do Menino que adoraram e a quem ofereceram os mais belos presentes. É este exemplo que somos chamados a seguir” porque, como então, também “hoje, Deus continua a falar-nos através de sinais concretos nas nossas vidas”, afirmou o Pe. Carlos Cabecinhas. A partir da liturgia deste domingo, o responsável pelo Santuário de Fátima sublinhou que, mesmo perante a certeza de que Jesus Cristo é a luz que vem iluminar a humanidade inteira, como nos é dito na noite e no dia de Natal, “uma luz que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra”, muitas vezes os cristãos comportam-se como os habitantes de Jerusalém, “indiferentes a esta luz e aos sinais de Deus”. “Certamente, nenhum de nós que aqui está assumirá a atitude de Herodes (que ameaçado no seu poder queria matar Jesus), mas facilmente podemos cair na indiferença dos habitantes de Jerusalém, ou dos escribas. A nossa fé pode tornar-se rotineira, uma fé assente em hábitos e costumes sem que Jesus Cristo conquiste o nosso coração, sem que O sintamos como luz para a nossa vida”. E prosseguiu: “uma fé adormecida, que não vive a luz de Jesus Cristo é uma fé acomodada, satisfeita consigo mesma” e, por conseguinte “uma fé morta”. Pelo contrário, os Magos “ensinam-nos uma inquietação permanente que nos leva a procurar os sinais de Deus”, concluiu ao sublinhar por outro lado, que todos os cristãos devem ser colaboradores na Epifania ou manifestação de Deus, partindo em missão. “Depois deste encontro com a Luz que é Jesus Cristo somos chamados a anunciar e a testemunhar essa luz, fazendo com que ela chegue realmente a todos os povos da terra”. No final da celebração os peregrinos foram convidados a beijar a imagem do Menino Jesus, deixando uma oferta que o Santuário canalizará para as Irmãzinhas dos Pobres de Campolide: uma instituição que se dedica ao apoio dos mais pobres. Fundada em França no ano de 1839, por Santa Joana Jugan, a ordem das Irmãzinhas dos Pobres tem como missão ajudar “quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades”, e está espalhada um pouco por todo o mundo.Este é aliás o destino de todas as coletas realizadas no santuário nesta quadra natalícia.
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