03 de junho, 2018

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Reitor convidou peregrinos a abrir o coração a Deus e aos outros para santificar o Domingo

Na homilia deste IX Domingo do tempo comum, o Reitor do Santuário refletiu sobre o modo como devemos viver e celebrar o Dia do Senhor, apresentando-o como dom de Deus.

A partir do Evangelho, o sacerdote começou por apresentar a forma como o Sábado era vivido pelo povo de Israel, na altura de Jesus.

“Tratava-se de uma realidade santa, que exprimia a senhoria de Deus sobre o tempo, que oferecia um momento de repouso também àqueles que eram mais desfavorecidos, explorados e desprezados. Era, por um lado, sinal de um mundo novo, liberto de toda a forma de escravidão e aberto a formas novas de solidariedade e fraternidade, e, por outro, um memorial da criação e das obras de Deus em favor do seu povo.”

Nesta contextualização, o reitor do Santuário falou do “conjunto interminável” de prescrições que, então, surgiram para este dia, e que “em vez de protegerem o descanso sabático como dia de libertação e ação de graças, o transformaram num fardo insuportável e num momento de opressão”.

“É esta pretensa relação com Deus que passa ao lado dos irmãos e que fecha os olhos às suas necessidades que Jesus denuncia, com veemência, no Evangelho de hoje, não pondo em causa o descanso do Sábado, nem a reunião cultual na sinagoga, para a celebração da Palavra de Deus.”

Com base na “provocação” que Jesus dirige aos fariseus, no relato do Evangelho, a partir do qual “deixa a descoberto o perigo de um mero formalismo na relação com Deus e com os irmãos”, o padre Carlos Cabecinhas alertou para o perigo de, também hoje, se “perverter” o Dia do Senhor.

O reitor do Santuário convidou, assim, os peregrinos a refletirem sobre o modo como encaram o Domingo, “que é um dos valores fundamentais para a comunidade cristã, no qual se concentram: a centralidade de Cristo e da Sua Páscoa, a experiência comunitária da Igreja, e a celebração da Palavra de Deus e da Eucaristia”.

Na conclusão, o sacerdote apresentou o Domingo como “dom de Deus”.

“O descanso dominical é um sinal que manifesta a nossa dignidade humana e cristã, que nos orienta para a verdade da nossa relação com Deus e com os outros, sem formalismos que escravizam, e sem absolutizações que matam o espírito da norma. Santificar o Dia do Senhor não significa cumprir uma norma, mas abrir o nosso coração para Deus, dispondo-nos a ir ao Seu encontro e a estar mais atentos aos irmãos.”

Participaram na celebração peregrinos da Espanha, Itália, Irlanda, Reino Unido e Alemanha. De Portugal, foram anunciados os seguintes grupos: o grupo folclórico do Carregal, de Aveiro, as paróquias de Casével e Messejana, de Beja; o grupo São Tiago de Lordelo, de Guimarães; a paróquia de São Bento, da diocese de Bragança-Miranda; do Patriarcado de Lisboa, a comunidade de Cabeça Gorda, as paróquias de Nossa Senhora da Pena, de São Domingos de Benfica, de Santa Engrácia e de São Francisco de Assis; da diocese do Porto, as paróquias de São Cosme, da Foz do Sousa, de Gondomar, de Nossa Senhora da Boavista, e o grupo Salão de Chá Aquário, da Trofa. Foram ainda anunciados a Associação Amigos da Irma Wilson, a família Redentorista e a família Dehoniana, que cumpriu a sua peregrinação nacional à Cova da Iria.

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