Reitor Carlos Cabecinhas assinalou que é “a compaixão diante do sofrimento” que “potencia os gestos de partilha”
Este domingo, no Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas lembrou que ajudar a “vencer a solidão dos idosos é também uma forma de partilha, capaz de realizar milagres”.
Perante os peregrinos que presenciaram a missa dominical, Carlos Cabecinhas destacou, do Evangelho, “o gesto extraordinário de Jesus” ao saciar uma multidão com apenas alguns pães e peixes, sem deixar de frisar que “o milagre acontece graças à generosidade de um rapazito ali presente que tinha cinco pães e dois peixes”, e que “essa foi a condição para o milagre que Jesus realizou”.
Com ênfase nos gestos de partilha que revelam generosidade, Carlos Cabecinhas sublinhou que “quando somos capazes de sair do nosso egoísmo e indiferença e nos dispomos a partilhar os dons recebidos de Deus, esses dons chegam para todos e ainda sobram. A generosidade, a partilha, a solidariedade, não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância. Deus continua a fazer milagres, mas fá-los através de nós”. “Atitudes de compaixão e partilha que, depois das aparições, encontramos nos Santos Pastorinhos de Fátima”, assinalou, ao lembrar dos Pastorinhos a “compaixão pelos pecadores” e a “compaixão pelos mais pobres”.
A propósito do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que se assinalou a 26 de julho, Carlos Cabecinhas afirmou: “esta celebração, se nos convida a dar graças a Deus pelos nossos avós e a rezar por eles, exorta-nos também à compaixão e à solidariedade”. “Este dia recorda-nos os mais idosos que experimentam a solidão”, disse. E propôs: “à atitude egoísta que leva ao descarte e à solidão, contraponhamos o coração aberto e o rosto radioso de quem tem a coragem de dizer “não te abandonarei!” e de seguir um caminho diferente”. E acrescentou: “ajudar a vencer a solidão dos idosos é também uma forma de partilha, capaz de realizar milagres”.
“A multiplicação dos pães é símbolo da Eucaristia. Em cada Eucaristia, Jesus continua a realizar para nós o milagre da multiplicação dos pães. Peçamos-Lhe que torne o nosso coração atento às necessidades dos outros e nos disponha à partilha, para que, por meio de nós, Ele possa continuar a multiplicar os pães e a saciar a fome de todos”, concluiu.
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