22 de abril, 2018
Reitor apresenta Nossa Senhora como modelo de VocaçãoNa homilia da Missa deste Domingo do Bom Pastor, em que se celebra o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o reitor do Santuário apontou Nossa Senhora como exemplo de entrega da vida a Deus.A Missa deste IV Domingo de Páscoa foi presidida pelo reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, que apresentou a vocação como uma “oferta da nossa própria vida a Deus, à imagem do que fez Jesus, a exemplo do que fez Maria, e como também nos dão exemplo os santos Francisco e Jacinta”. O presidente da celebração começou por caraterizar Jesus Cristo como “modelo de pastor que ama o seu rebanho e que dá a sua vida por ele”. “Jesus não vem apenas dar a vida, como vem também dar sentido às nossas vidas. O grande amor de Deus por cada um de nós revela-se, assim, em Jesus Cristo, o Bom Pastor, que viveu a sua vida em oferta livre, consciente e voluntária, cumprindo a vontade do Pai”, disse. De seguida, o sacerdote estabeleceu uma ponte entre o modelo que foi a dádiva de Jesus, enquanto Bom Pastor, e as vocações na Igreja, “que devem ser, à imagem de Cristo, uma oferta da vida a Deus”. “Deus chama-nos a entregarmos a nossa própria vida de formas muito diferentes, e as vocações, na Igreja, significam a concretização desses modos de entrega de vida. A cada um de nós, Deus chama a uma forma concreta de entrega: a vocação à vida religiosa, ao ministério sacerdotal, ou ao matrimónio”, explicou, ao evidenciar o caráter perene e particular das vocações. “A questão da vocação não é uma questão resolvida uma vez, quando dissemos sim, mas vive-se a cada dia: na forma como vivemos e nas opções que tomamos. Cada vocação específica é sempre caminho de realização pessoal, porque só uma vida vivida como entrega tem pleno sentido.” O reitor do Santuário evocou, de seguida, a mensagem do Papa Francisco para este Dia Mundial de Oração pelas Vocações, ao enunciar as três atitudes “muito concretas” a que o Santo Padre exorta os fiéis, no documento: “escutar, discernir e viver o chamamento do Senhor”. “O chamamento de Deus não tem a evidência daquilo que vemos, ouvimos ou tocamos, por isso, é preciso ‘uma preparação para uma escuta profunda da sua Palavra e da vida, prestar atenção aos detalhes do nosso dia-a-dia, aprender a ler os acontecimentos com os olhos da fé e manter-se aberto às surpresas do Espírito’. É também necessário discernimento espiritual, através da oração, para podermos fazer as opções fundamentais que orientam a nossa vida para a vontade Deus. Por fim, é importante levarmos à vida essa vontade de Deus, que escutámos, discernimos e que acolhemos, testemunhando, nas nossas vidas, a alegria do Evangelho”, explicou. Na conclusão da homilia, o padre Carlos Cabecinhas apontou o olhar para Nossa Senhora, que “é exemplo desta tríplice atitude”, e para o convite à vocação que a Mãe de Jesus deixou em Fátima. “Segundo os testemunho dos Evangelhos, ninguém como Ela soube escutar a Palavra de Deus, guardá-La no Seu coração para discernir a vontade de Deus, levando-A, depois, à vida. Cada vocação específica é resposta concreta à pergunta que Nossa Senhora fez aos Pastorinhos, na Aparição de maio: ‘Quereis oferecer-vos a Deus?’. É isto que está em causa: a nossa resposta ao amor de Deus, ao amor com que Deus nos amou primeiro.” No final, o reitor do Santuário convocou a assembleia numa prece pelo “dom de muitas vocações de especial consagração” na Igreja, e pela capacidade, de cada um dos que a compõem, “de saber escutar, discernir e viver a vontade de Deus”. No início da celebração deste IV domingo da Páscoa foram anunciados os grupos de peregrinos inscritos, a quem foram dadas as boas vindas. Da diocese de Bragança-Miranda; veio o grupo de Santa Ana; de Lisboa, o grupo dos Amigos da Silveira e a Liga Eucarística da paróquia de Nossa Senhora de Fátima; de Viana do Castelo, o grupo João Barreto; e esteve presente, também, a Fénix - Associação Nacional de Bombeiros e Agentes de Proteção Civil. Do estrangeiro, fizeram-se anunciar cinco grupos de Espanha, seis de Itália, um da Polónia e um do Canadá. |