06 de outubro, 2024

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“Quando o projeto de vida de uma família fracassa, nós, cristãos, somos convidados a não julgar”

Na homilia da missa deste domingo, o padre Carlos Cabecinhas lembrou que a família é a primeira escola de vida cristã, mas desafiou os peregrinos a não deixar de acolher e integrar aqueles cujo projeto familiar fracassou.

 

Na homilia da missa celebrada, esta manhã, no Recinto de Oração, o reitor do Santuário de Fátima convidou os peregrinos a uma reflexão sobre o matrimónio e a família.

A partir das leituras deste XXVII domingo comum, o padre Carlos Cabecinhas referiu que o projeto de Deus para o homem e para a mulher é “formar uma comunidade estável e indissolúvel de amor, de partilha e de doação”.

“A vocação primordial de todo o homem e mulher é a relação, o amor, que assume múltiplas concretizações, sendo a mais comum o matrimónio”, acrescentou.

Esta visão, prosseguiu, “abre caminho a considerar a família como ‘pequena Igreja’ ou ‘Igreja doméstica’”, na medida em que os pais, pela palavra e pelo exemplo, se constituem como “os primeiros arautos da fé para os seus filhos”.

Nesse sentido, e tomando de empréstimo o texto do Catecismo da Igreja Católica, o lar surge como “a primeira escola de vida cristã e uma escola de enriquecimento humano”.

Contudo, e apesar do projeto de Deus, a fragilidade e debilidade próprias da condição humana podem atingir a vida familiar. “As ‘famílias ideais’ não existem: o que existe são famílias concretas, com os seus limites, problemas e dificuldades”, afirmou, lembrando que “quando o projeto de vida de uma família fracassa e redunda na separação, nós, cristãos, somos convidados a não julgar, mas a usar de compreensão”.

“Julgar é muito fácil”, referiu, “sobretudo quando estamos de fora, quando não nos toca, mas não é isso que nos é pedido”. “Cabe-nos acolher e ajudar aqueles a quem os limites pessoais e as circunstâncias da vida impediram de viver o tal projeto de felicidade abençoado por Deus”, reforçou.

O padre Carlos Cabecinhas esclareceu que “não se trata de renunciar ao ‘ideal’ que Deus propõe ou de relativizar ‘o não separe o homem o que Deus uniu’”, mas sim de “testemunhar a bondade e a misericórdia de Deus para com todos”.

A terminar a homilia, o reitor do Santuário de Fátima saudou D. Adriano Langa, bispo emérito de Inhambane, Moçambique, que presidiu à missa deste domingo. Nesse gesto, saudou igualmente a família franciscana que, este fim de semana, se encontra no Santuário de Fátima em peregrinação.

O momento foi aproveitado para trazer à memória o exemplo de São Francisco de Assis que “compreendeu que Deus ama com amor preferencial os pobres, os pequeninos, aqueles que não têm peso social, poder ou importância, como é o caso das crianças”. O padre Carlos Cabecinhas referiu ainda que seguir o caminho de santidade de São Francisco de Assis significa dispormo-nos “a ser simplesmente instrumento da paz, do amor e da misericórdia de Deus”.

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