11 de novembro, 2018

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Primeira Imagem Peregrina deu 15 voltas ao mundo

Epopeia começou a 13 de maio de 1947 e permitiu a “receção e inculturação do culto mariano e do próprio catolicismo à escala mundial”

 

Na quinta e última edição deste ano pastoral dos Encontros da Basílica, que decorreu esta tarde na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Marco Daniel Duarte, diretor do Departamento de Estudos do Santuário, falou sobre “a imagem peregrina da Virgem de Fátima e o seu papel no anúncio da mensagem da Cova da Iria”, apresentando as viagens cumpridas como uma “epopeia” que permitiu a “receção e inculturação do culto mariano e do próprio catolicismo à escala mundial”.

O palestrante começou por apresentar estas viagens como uma dinâmica através da qual Fátima se “dilatou” além da sua força centrífuga – que fez e faz congregar peregrinos de várias latitudes na Cova da Iria –, para assumir uma força centrífuga, ao fazer-se peregrina pelo mundo, através da Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Neste sentido, Marco Daniel Duarte estabeleceu ainda um paralelo entre as peregrinações da Imagem com a atenção especial às periferias geográficas e existenciais do atual pontificado do Papa Francisco.

Ao caracterizar a Imagem Peregrina n.º1 como “o primeiro ramo de uma árvore iconográfica que nasce em Fátima” – porque formulada a partir das indicações de Lúcia e da Imagem venerada na Capelinha das Aparições –, o orador revelou que aquela pertencera originalmente ao bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, que a cedeu aquando da ideia da Imagem percorrer o mundo.

Sobre o princípio desta “epopeia”, Marco Daniel Duarte registou, com base numa avaliação de fontes da época, “um início que não terá sido fácil”. Segundo o palestrante, tratou-se de uma iniciativa laical, surgida no âmbito da Juventude Católica Feminina, da  Acção Católica Portuguesa, pelas mãos de Maria Teresa Pereira da Cunha, que é quem vai encetar diligências junto das conferências episcopais da europa para concretizar da primeira viagem a Maastricht, na Holanda, a 13 de maio de 1947.

Das viagens que a Imagem Peregrina fez pelos cinco continentes, durante a década que se seguiu, Marco Daniel Duarte deduziu, em jeito de índice para um possível livro sobre esta matéria, alguns tópicos importantes: "a dinâmica pastoral centrífuga que leva a entidade cultuada aos peregrinos; a presença da imagem branca em países ainda em tensão pelo conflito mundial que terminara dois anos antes; a inculturação de Fátima e da sua ritualidade pelo mundo; e o carácter missionário das viagens na expansão do Evangelho".

Ao concluir a apresentação, o orador questionou-se sobre a quantidade de “corações humanos tocados por esta Imagem”, ao revelar dados estatísticos sobre as viagens cumpridas pela primeira Imagem Peregrina, dados estes que demonstram uma dinâmica pastoral sem precedentes.

Entre 1947 a 2003, ano em que a Imagem Peregrina nº1 foi entronizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, saindo apenas excecionalmente do Santuário de Fátima, foram contabilizados cerca de 630 mil quilómetros percorridos pelos cinco continentes, aproximadamente 15 voltas ao mundo, tomando como referência perímetro equatorial. Exceção à saída desta primeira imagem será a presença na Jornada Mundial da Juventude no Panamá, entre 23 a 27 de janeiro de 2019.

Numa segunda parte do encontro, os peregrinos puderam assistir a um recital pelo Coro Polifónico Eborae Mvsica, de Évora, que apresentou, sob a direção de Eduardo Martins, obras da polifonia da Sé de Évora, das canções regionais portuguesas e da polifonia contemporânea portuguesa.

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