13 de outubro, 2017

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Presidente da República destaca Fátima como “lugar de projeção de Portugal” no mundo

Na sessão de encerramento das celebrações do Centenário das Aparições, D. António Marto sublinhou “momento histórico para a Igreja e para Portugal”

 

O presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou hoje o papel de Fátima como lugar de “projeção” de Portugal no mundo, elogiando a mensagem de paz e solidariedade que aqui tem sido transmitida.

“Que a mensagem de Fátima, a mensagem da paz, a mensagem da fraternidade, a mensagem da solidariedade, a mensagem da humanidade, a mensagem do amor em todas as suas dimensões possa inspirar-nos a todos, possa inspirar a sociedade portuguesa, possa inspirar a humanidade, no presente e no futuro”, disse, no início da sessão solene de encerramento do Centenário das Aparições, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

“É uma mensagem que, mesmo quando virada para o Alto, olha para cada um dos seres humanos e apela à paz, à fraternidade, à solidariedade, à atenção relativamente aos que mais sofrem, aos que mais necessitam, àqueles que tantas vezes se encontram nas periferias de que tantos outros tão depressa se esqueçam”, declarou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa, que já tinha estado em Fátima por diversas ocasiões, nomeadamente em maio, aquando da visita do Papa Francisco, evocou Fátima como espaço de “projeção de Portugal no mundo e do mundo em Portugal”, recordando os milhões de emigrantes portugueses e o “mundo que chega” a Portugal e em Fátima “se encontra”.

“É em nome de Portugal, de todo o Portugal, de todos os portugueses, de todos os crentes e não-crentes, católicos, cristãos e não-cristãos, de todos eles, que aqui está o presidente da República, cumprindo uma missão nacional”, observou.

O chefe de Estado quis sublinhar "a duplo título" o significado da sua presença enquanto Chefe de Estado, evidenciando o Centenário "devidamente celebrado".

"Um Centenário que assinala a presença de Fátima na história contemporânea de Portugal, ou mais genericamente na História de Portugal, pelo encontro ao longo de 100 anos de milhões de portuguesas e de portugueses, que aqui vêm agradecer pelas suas alegrias, chorar as suas dores, formular os seus pedidos, testemunhar a sua fraternidade", frisou.

O Presidente sublinhou ainda que Fátima foi "ponto de chegada" de sucessivos papas, aludindo às visitas de Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco "em momentos diversos da história de Portugal", destacando a mensagem de paz que o pontífice deixou hoje aos peregrinos da Cova da Iria, na mensagem partilhada no final da eucaristia que encerrou a última grande Peregrinação Internacional do ano do Centenário.

Já D. António Marto insistiu na ideia de que este Centenário permitiu viver um momento “histórico e único para Fátima, para a Igreja e para Portugal”.

O bispo de Leiria-Fátima disse na mesma sessão que a “incontável multidão” de peregrinos que, ao longo deste ano, acorreu à Cova de Iria, é "grata expressão de que o Santuário continua a ser lugar congregador das sedes e esperanças da humanidade".

Fátima é, segundo o bispo diocesano, um espaço de acolhimento incondicional de todos os homens e um oásis espiritual "onde as pessoas encontram a frescura capaz de regenerar a alma e a fé".

Ao longo de um século, acrescentou, "Fátima confirma que a história definitiva, essa que tem horizontes largos e não se prende com nada de menor, se reza com a simplicidade dos humildes que estão dispostos a oferecer-se para bem dos demais".

O responsável falou ainda dos povos que “encontraram em Fátima o símbolo de esperança que alimentou a sua resiliência”, no último século.

Este Centenário, acrescentou, “toca as profundezas da humanidade, a verdade nua do mistério do homem”.

 “São muitos os caminhos que vêm dar a este lugar que guarda a memória da presença de Deus: os peregrinos chegam de todos os cantos do mundo e de todos os cantos da profundidade humana”, sublinhou D. António Marto.

A sessão solene desta tarde encerrou um ciclo celebrativo de sete anos, em resposta ao “repto” lançado a 13 de maio de 2010, na Cova da Iria, pelo Papa Bento XVI: “Possam os sete anos que nos separam do centenário das aparições apressar o anunciado triunfo do Coração Imaculado de Maria para glória da Santíssima Trindade”.

O bispo de Leiria-Fátima falou num “itinerário de festa”, para públicos variados, e num momento de ação de graças pelo facto de Fátima “se ter espalhado pelo mundo inteiro deixando um rasto de luz e de esperança”.

A sessão solene de encerramento das celebrações do Centenário, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, prosseguiu com o concerto da Orquestra e Coro Gulbenkian, dirigidos por Joana Carneiro. A primeira parte do programa integrou a estreia absoluta das obras ‘Salve Regina’ e ‘The Sun Danced’, de Eurico Carrapatoso e James MacMillan.

Além dos 400 convidados puderam ainda assistir a este concerto os milhares de peregrinos que se encontravam em Fátima, nomeadamente nas colunatas no recinto, através de écrans exteriores.

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