14 de março, 2013
Santarém, 13 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima espera poder contar com a presença do novo Papa, Francisco I, na Cova da Iria em 2017, para a celebração do Centenário das Aparições de Nossa Senhora. “É a minha intenção e penso que de todos os portugueses que ele venha cá e faremos tudo para isso”, referiu D. António Marto em declarações prestadas hoje aos jornalistas, inseridas na escolha do cardeal argentino D. Jorge Mario Bergoglio como sucessor de Bento XVI, conhecida esta tarde no Vaticano. D. António Marto teve ocasião de estar com Francisco I no Sínodo dos Bispos de 2005, em Roma, e recorda “um homem intelectualmente bem preparado, de espírito evangélico e de uma simplicidade encantadora, um pastor muito amado pelo povo”. Além disso, acrescenta o prelado, “o nome que D. Bergoglio escolheu para si encerra um programa de reforma espiritual para a Igreja, tal como S. Francisco de Assis a sonhara, baseada na simplicidade, na transparência, na fraternidade e da evangelização de proximidade”. Se os católicos pensarem também em São Francisco Xavier, entram na “dimensão missionária do novo mundo”, uma realidade que se abre também para a Igreja com a eleição de um Papa da América do Sul. “A Igreja manifesta assim muito na prática que não é eurocêntrica e mesmo a própria Europa é chamada a reconhecer que o eixo do mundo se estende para outros continentes”, aponta o bispo de Leiria-Fátima. Uma Papa saído de um território em vias de desenvolvimento “traz consigo também toda problemática da justiça social, da pobreza” acrescenta o prelado, mostrando-se convicto de que Francisco I será uma mais-valia para a aplicação da Doutrina Social da Igreja. O sucessor de Joseph Ratzinger, que renunciou ao pontificado, foi eleito no quinto escrutínio da reunião eleitoral iniciada esta terça-feira, após pouco mais de 24 horas de reuniões à porta fechada. JCP / Agência Ecclesia |