19 de março, 2023

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Peregrinos exortados a viver coerentemente a condição de batizados

Na homilia da Missa deste IV Domingo Quaresma, a assembleia de peregrinos reunida na Basílica da Santíssima Trindade foi desafiada a abrir o coração ao encontro com Deus, tomando como exemplo a entrega de vida dos Santos Pastorinhos.

 

Na homilia deste IV Domingo Quaresma, o reitor do Santuário exortou a assembleia de peregrinos reunida na Basílica da Santíssima Trindade a "viver coerentemente" a sua condição de batizados, abrindo o coração ao encontro com Deus. Ao perspetivar a luz de Deus como “fio condutor de todas as aparições” de Fátima, o sacerdote apresentou a “mensagem de Fátima” como caminho que “ajuda a fazer a experiência de sermos iluminados por Deus”, através do exemplo de entrega dos santos Pastorinhos.

A partir da cura do cego, relatado no Evangelho deste domingo, o presidente da celebração começou por refletir sobre o contraste de atitudes expressas naquele episódio.

“Ao apresentar-nos a cura de um cego de nascença, o Evangelho acentua o contraste entre aquele que era cego e passou a ver, por um lado, e aqueles que julgam ver, mas de facto viviam mergulhados nas trevas e rejeitavam a luz que Cristo queria oferecer-lhes, por outro. (…) O pior doente é aquele que não reconhece que está doente porque não se dispõe a procurar a cura. Foi isso que aconteceu àqueles que recusaram a luz de Jesus; é isso que pode acontecer-nos também a nós”, alertou o padre Carlos Cabecinhas, ao exortar a assembleia a “imitar o caminho de fé do homem que era cego”.

“Trata-se do caminho que também nós somos convidados a fazer, de modo especial durante este período quaresmal. A Quaresma, de facto, tem sempre este carácter batismal: leva-nos a recordar a nossa condição de batizados; leva-nos a tomar consciência de que, pelo Batismo, recebemos a luz de Cristo e somos convidados a viver como filhos da luz, que somos”, concretizou, ao sublinhar a exortação que São Paulo deixa aos cristãos, na segunda leitura deste domingo, para uma vida coerentemente com a condição de batizados.

No final, o presidente da celebração apresentou a “mensagem de Fátima” como caminho que “ajuda a fazer a experiência de sermos iluminados por Deus”, tomando como exemplo a entrega total que os santos Pastorinhos assumiram nas suas vidas.

“Os santos Francisco e Jacinta – essas duas 'candeias que Deus acendeu', na bela expressão de São João Paulo II – viveram como 'filhos da luz', agindo com bondade, justiça e verdade; e procurando, em tudo, o que mais agradava a Deus. É isto que também nós somos convidados a fazer”, concluiu.

Neste dia em que se celebra o 10º aniversário da solene inauguração do pontificado do Papa Francisco, o reitor do Santuário pediu a oração pelo Santo Padre, no início da Missa dominical

"Neste dia, queremos ter particularmente, na nossa oração, o Papa Francisco, que faz hoje 10 anos que iniciou o seu pontificado. Foi eleito no dia 13 de março e, dia 19, deu início solene à sua missão ao serviço da unidade da Igreja."

Durante esta década do seu pontificado, o Papa Francisco veio a Fátima, nas celebrações do Centenário das Aparições, a 12 e 13 de 2017, para canonizar Francisco e Jacinta Marto, que assim se tornaram nos mais jovens santos, não mártires, da Igreja. Para este ano de 2023, expressou já o seu desejo de regressar à Cova da Iria, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa.

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