13 de dezembro, 2023
Peregrinos exortados a deixarem-se guiar por Maria e pela mensagem de Fátima, em direção ao NatalNa homilia da Missa da Peregrinação Mensal de dezembro, o reitor do Santuário apontou à oração e à escuta atenta da Palavra como caminhos para acolher o “Senhor que vem”.
Na homilia da Missa da Peregrinação Mensal de 13 de dezembro, que evoca as aparições de Nossa Senhora em Fátima, o padre Carlos Cabecinhas exortou os peregrinos reunidos na Basílica da Santíssima Trindade à conversão, em direção ao Natal, através da oração e da escuta assídua e atenta da Palavra, tomando como guia a Mãe de Deus e a mensagem de Fátima. “Neste tempo de Advento, contemplar Nossa Senhora é deixarmo-nos conduzir por Ela na preparação para o Natal, porque ninguém como Ela soube preparar a vinda do Senhor” disse o reitor do Santuário, no início da celebração, momentos antes da oração de coleta. Na reflexão que ofereceu na homilia, o presidente da celebração apresentou o Advento como tempo de conversão. A partir do Evangelho proclamado neste dia 13 de dezembro, que apresenta Nossa Senhora junto à Cruz, o sacerdote começou por destacar o papel de Maria como Mãe da Igreja e o Santuário de Fátima como casa da Mãe de Deus. “É nesse momento supremo da entrega da vida por nós que Jesus nos confia aos cuidados maternos de Sua Mãe, que passa a ser também nossa Mãe […], sempre atenta às nossas necessidades e súplicas. É este conforto materno que os peregrinos procuram aqui em Fátima, no Santuário da Mãe de Deus”, disse o padre Carlos Cabecinhas, perspetivando a entrega de Jesus como um “gesto que compromete” toda a Igreja no acolhimento de Maria, que apresentou como “modelo da vivência do Advento”. “Acolher Maria na nossa casa significa aprendermos, com Ela, a criar, em nós, espaço para acolher Jesus que vem. Significa acolher os Seus apelos, ensinamentos e imitá-La nas suas atitudes de fé, acolhendo a Sua mensagem, nomeadamente a que Ela trouxe neste Santuário”, explicou o presidente da celebração, ao realçar o “Sim de Maria” e a Sua disponibilidade para Deus, “que tornou possível o milagre do Natal e a Salvação”. O reitor do Santuário de Fátima sintetizou o apelo à conversão que é feito neste Advento como convite a dar mais espaço a Deus na vida pessoal, vivendo de acordo com a Sua vontade, na escuta assídua e atenta da Palavra de Deus e, particularmente, na oração: tema que guia o Santuário neste ano pastoral. “Neste ano, somos chamados ao encontro com Deus, na oração. Também o Advento deve ser tempo de oração mais frequente. A Sagrada Escritura apresenta-nos Maria como Mulher de oração e, por isso, um exemplo para nós. Em Fátima, o pedido mais vezes repetido por Nossa Senhora, nas Suas aparições, é o da oração. Deixar-se guiar por Maria na vivência do Advento é também dar mais tempo à oração na nossa vida”, reforçou o sacerdote. No final, o padre Carlos Cabecinhas apresentou a mensagem de Fátima como guia para o tempo de Advento, através das “palavras e exortações”, que são “um renovado estímulo para uma vivência mais autêntica da fé e uma maior disponibilidade para Deus e para o encontrar na Sua Palavra e através da oração”. Antes da Missa, a assembleia de peregrinos recitou o Rosário na Capelinha das Aparições, onde hoje foi acesa a Luz da Paz de Belém, que, anualmente, antes do Advento, é recolhida na Gruta da Natividade, em Belém, e levada para a Áustria para ser partilhada pelo mundo numa grande cerimónia ecuménica, onde participam Escuteiros e Guias de toda a Europa. A Luz da Paz de Belém chegou à Diocese de Leiria-Fátima na passada segunda-feira e foi acesa hoje na Cova da Iria, onde permanecerá até ao dia da Festa do Batismo do Senhor. |