10 de setembro, 2023

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Peregrinos desafiados à “tarefa permanente” da correção fraterna, à oração e ao perdão

Na homilia da Missa deste Domingo, o reitor do Santuário apelou à responsabilidade mútua nas relações humanas.

Na homilia da Missa deste XXIII Domingo do Tempo Comum, o reitor do Santuário de Fátima exortou os peregrinos reunidos no Recinto de Oração a assumirem a responsabilidade na relação com os outros pela via correção fraterna, da oração e do perdão, tomando como exemplo a vida dos Pastorinhos.

O padre Carlos Cabecinhas começou por assumir as dificuldades e tensões que convivência humana suscita nas comunidades cristãs e nas famílias, para apelar à “tarefa permanente” da correção fraterna.

“No elenco das obras de misericórdia espirituais consta 'corrigir os que erram', isto é, dito de outro modo, ajudar aqueles com quem vivemos ou convivemos a fazer o bem. Aquilo a que a tradição cristã chama a 'correção fraterna' significa que não podemos ficar indiferentes diante dos outros: somos responsáveis uns pelos outros e chamados a ajudarmo-nos mutuamente a fazer o bem”, explicou o sacerdote, ao apresentar a via do diálogo e a predisposição para o perdão como caminho ideal, tendo sempre presente que a tarefa do amor, a caridade “nunca está plenamente realizada”, tal como lembra o apóstolo São Paulo, na segunda leitura de hoje.

“Só o amor pode curar as nossas relações feridas e orientar-nos nas inevitáveis tensões que a convivência uns com os outros sempre provoca”, acrescentou o presidente da celebração, que, para as situações nas quais “o diálogo falha ou não é de todo possível”, apresentou a oração como caminho para o perdão.

“Não se trata de rezar para que o outro pense como eu, mas sim rezar pelo outro, com quem me preocupo, a quem não sou indiferente; rezar para que Deus o ajude na sua vida e nos seus caminhos. Muitas vezes, é a oração que nos abre ao perdão. E a oração é certeza da presença de Cristo no meio de nós e na nossa vida, Ele que veio curar a nossas feridas e que cura as nossas relações uns com os outros”, disse o reitor do Santuário de Fátima.

Na conclusão, o padre Carlos Cabecinhas apontou o olhar para o “desejo de curar as relações feridas, pela via do diálogo e do perdão, como expressões do amor a Deus e aos outros” que os Pastorinhos experimentaram nas suas vidas como exemplo a seguir.

No início da celebração, o reitor do Santuário de Fátima convidou os peregrinos a terem especialmente presente na oração as vítimas do terramoto que assolou Marrocos na sexta-feira passada.

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