30 de outubro, 2022

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Peregrinos desafiados a deixarem-se olhar por Cristo através da Palavra, da oração e da Eucaristia

Na homilia deste domingo, o reitor do Santuário exortou a assembleia reunida na Cova da Iria a imitar o Zaqueu, no seu desejo de se deixar olhar por e encontrar com Jesus.

 

Na homilia da Missa deste XXXI Domingo do Tempo Comum, celebrada no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, o padre Carlos Cabecinhas apontou o desejo do “encontro com Cristo” como atitude para “o amor que transforma a vida e lhe dá sentido pleno”.

A partir do Evangelho deste dia, que relata a conversão de Zaqueu, o reitor do Santuário analisou os três olhares presentes no episódio bíblico: “o olhar de Zaqueu, que procurava ver Jesus; o olhar de Jesus que transforma a vida daquele homem; e o olhar da multidão, que recriminava Jesus por ir a casa de um pecador”.

No olhar de Zaqueu, o sacerdote destacou a “curiosidade simples” e o “desejo intenso (…) de quem procura sentido novo para a sua vida”. No olhar da multidão, frisou a hostilidade não convertida de quem julga. Já no olhar de Jesus, “que provocou o encontro”, o presidente da celebração salientou o amor benevolente que converte.

“Jesus não lhe faz exigências, não impõe como condição que ele mude de vida, de modo de proceder. Olha-o com amor e esse olhar transformou-o. Até àquele momento, até àquele olhar, Zaqueu não tinha ainda compreendido que Deus o amava, apesar dos seus pecados. Foi o amor de Deus, que Zaqueu experimentou naquele olhar de Jesus, quando ainda era pecador, que provocou a conversão e que transformou o egoísmo em generosidade.”

A partir da relação misericordiosa que Jesus estabeleceu com o pecador, o padre Carlos Cabecinhas deduziu a “consciência de que somos amados por Deus, que nos move à conversão”.

“Somos convidados a imitar Zaqueu no seu desejo de ver Jesus, de se encontrar com Ele, porque desejar vê-Lo, desejar encontrá-Lo é garantia de que O encontraremos. Somos desafiados a deixarmo-nos olhar por Cristo. Esse encontro com o olhar de Cristo é o decisivo na nossa vida cristã. Podemos experimentá-lo na sua Palavra, na oração, na Eucaristia, naqueles com quem vivemos, nas várias situações da nossa vida.  É desse encontro que brota a consciência do quanto somos amados por Deus. Sem essa consciência, não há conversão, não há transformação da vida”, concluiu.

No final, o sacerdote recordou a atitude dos Pastorinhos de Fátima, que “perceberam o olhar de Deus, através do Anjo e de Nossa Senhora, e descobriram-se amados por Ele”, numa experiência que transformou as suas vidas.

Este foi o último domingo que Missa Dominical foi celebrada no Recinto de Oração. Para a semana, a mesma será celebrada na Basílica da Santíssima Trindade, às 11h00, passando a cumprir-se o horário de inverno já estabelecido no Santuário.

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