31 de dezembro, 2024
Peregrinos deram graças pelos dons recebidos em 2024Na missa de ação de graças pelo ano findo, o padre Carlos Cabecinhas elencou os dons recebidos em 2024 que marcaram a vida da Igreja e do Santuário de Fátima.
Cerca de duas mil pessoas escolheram terminar o ano no Santuário de Fátima, tomando parte na celebração da missa de ação de graças por 2024, na procissão para a Capelinha das Aparições e na recitação do Rosário. “Dar graças a Deus é uma das atitudes fundamentais de quem tem fé”, começou por dizer o reitor do Santuário de Fátima, na homilia da missa celebrada na Basílica da Santíssima Trindade, presidida por D. Manuel Pelino, bispo emérito de Santarém. “Quando tomamos consciência dos dons que recebemos de Deus, a nossa oração transforma-se em ação de graças, afirmou o padre Carlos Cabecinhas, clarificando que “dar graças é memória agradecida do que Deus nos concedeu ao longo do ano que se aproxima”. Convidou os peregrinos a elencar interiormente os dons que receberam de Deus e destacou acontecimentos que marcaram o ano de 2024 que, a título de exemplo, são motivo de ação de graças. No plano eclesial, a nível universal, mencionou a assembleia conclusiva do Sínodo dos Bispos, com a elaboração do documento final que, acrescentou, “o Papa confiou à Igreja como desafio a continuar nesta mesma dinâmica e a refletir sobre os modos de sermos Igreja no momento presente”. Em Fátima, o reitor encontrou muitos motivos para dar graças pelo ano de 2024, entre os quais a “forte afluência de peregrinos que quiseram vir fazer a experiência do Santuário como casa e escola de oração”. Também a passagem dos 40 anos da consagração do mundo ao Imaculado Coração, pelo Papa S. João Paulo II, e a celebração do centenário da Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima mereceram destaque no elenco do padre Carlos Cabecinhas. Deu ainda graças “por todos os colaboradores e voluntários do Santuário que generosamente aceitaram ser dóceis instrumentos da ação de Deus no coração dos peregrinos de Fátima”. Mas nem só de bons momentos se fez 2024. E se a consciência dos dons recebidos motiva a ação de graças, também “faz crescer em nós a confiança e brotar a súplica”, referiu. O ano que terminou foi também marcado “por tragédias e muito sofrimento, que não nos pode deixar indiferentes”, sublinhou o reitor do Santuário. Aludiu em concreto às inundações em Espanha, na região de Valência, e às inúmeras vítimas da guerra na Ucrânia, na Palestina e no Líbano, na Síria, no Sudão, sem esquecer as vítimas da violência em Moçambique, nas últimas semanas. “Ao terminar este ano queremos pedir pelas vítimas de todas estas guerras e catástrofes, todas estas vítima de violência, mas também pelos que sofrem ao nosso lado e por todos os que trazemos no coração”. Por fim, confiou 2025 a Deus, desejando que “seja um ano marcado pela esperança, que não engana nem desilude”. Terminada a celebração da missa, os peregrinos seguiram em procissão para a Capelinha das Aparições. O ano de 2025 chegou antes da recitação do Rosário e o momento foi celebrado entre abraços e votos de saúde, paz e amor. A noite terminou com um encontro festivo na Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores, para o qual foram convidados os peregrinos presentes na Cova da Iria. |