17 de setembro, 2017

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Peregrinos de Fátima desafiados a “perdoar sempre”

D. Augusto César presidiu à Missa dominical no Recinto de oração em Fátima, na qual participou a Peregrinação Nacional dos Escuteiros Adultos da Fraternidade Nuno Álvares

 

O bispo emérito da diocese de Portalegre- Castelo Branco, que esta manhã presidiu à Missa dominical no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, desafiou os peregrinos a “perdoar sempre”.

“Quem experimenta a generosidade do pai do Céu não pode regatear a mesma generosidade e o perdão para com o seu irmão”, disse o prelado que presidiu à Peregrinação Nacional dos Escuteiros da Fraternidade Nuno Álvares ao Santuário de Fátima.

Perante milhares de peregrinos, oriundos de 13 países diferentes, D. Augusto César sublinhou a relação entre o amor e o perdão, lembrando que “sem amor verdadeiro o perdão mostra-se ausente” e “é o perdão que sublima o amor verdadeiro”.

“O que vemos hoje, no mundo, nas comunidades e na família é que é preciso retomar esta relação entre o amor e o perdão” de forma a “superarmos as diferenças”.

A passagem do Evangelho lida este domingo nas igrejas de todo o mundo contém um apelo de Jesus ao perdão: “perdoar setenta vezes sete” vezes.

O bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco falou na “incoerência de alguns cristãos que se deixam seduzir por certos atavismos” e interesses egoístas e que se recusam a perdoar o outro, contrariando a imagem de um Deus que ama com “um amor rico de misericórdia” e que perdoa “continuamente”.

Referindo-se à Mensagem de Fátima como uma das grandes “referências” para a construção da paz e do perdão pediu a intercessão da Virgem para que “nos ajude a ter coragem” e uma “maior consciência da gratuidade e da grandeza do perdão” recebido de Deus, para nos “tornarmos todos bons cristãos, seguindo generosamente o exemplo de Deus”.

“Esta experiência da misericórdia de Deus implica da nossa parte a capacidade de perdão. O ódio e a vingança são abomináveis à luz da fé, sobretudo para quem quer seguir o mandamento de Deus: amar a Deus e amar o próximo”, concluiu destacando que a misericórdia de Deus é sempre “maior que o mal que se comete”.

Na Missa dominical participaram 43 peregrinações que se fizeram anunciar no Serviço de Peregrinos do Santuário, oriundas de Portugal, Itália, Alemanha, Áustria, França, Estados Unidos, Perú, Singapura, Eslováquia, Irlanda, Reino Unido, Espanha e Polónia.

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