11 de outubro, 2020

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Peregrinos de Fátima convidados a "cooperar" para travar avanço da pandemia

Missa que precede a Peregrinação Internacional Aniversária de outubro foi presidida pelo padre Carlos Cabecinhas

 

O Recinto de Oração do Santuário de Fátima acolheu esta manhã a Missa dominical presidida pelo reitor, padre Carlos Cabecinhas, numa celebração que decorreu já com as medidas adicionais ao Plano de Contingência neste tempo de pandemia, previstas para a Peregrinação Internacional aniversária de outubro, a 12 e 13, na Cova da Iria.

No início da Missa, com a presença de cerca de 6 mil peregrinos, os participantes foram convidados a “cooperar” no “esforço que Portugal inteiro é chamado a fazer” para travar a propagação da Covid-19.

O reitor do Santuário de Fátima, que presidiu à celebração, saudou a assembleia e falou do sentimento de “dispersão” provocada pelas medidas implementadas.

“É verdade que olhando para este largo recinto de oração, dá-nos a impressão de estarmos dispersos, por causa do distanciamento que nos é recomendado por motivos de saúde”, disse o padre Carlos Cabecinhas.

“Sentimo-nos profundamente unidos, na mesma fé, nesta certeza de que o Senhor está no meio de nós”, acrescentou o sacerdote.

Na sua homilia, o reitor falou da Mensagem de Fátima como “um veemente apelo a responder generosamente ao convite de Deus a uma vida de comunhão, de profunda união com Ele”.

Há desta forma um convite de Deus, e “a questão decisiva é como é que nos respondemos ao convite de Deus, e há duas formas de recusar este convite: com desprezo ou participação indigna”.

“A recusa é indiferença em relação a Deus, ao vivermos como se Ele não contasse na nossa vida”, alertou o sacerdote.

“A segunda forma de recusa é a incoerência e a vida que vivemos”, reiterou o padre Carlos Cabecinhas, falando ainda que a mensagem de Fátima “é um apelo a responder generosamente ao convite de Deus a viver uma vida em comunhão com ele”.

“Que a nossa vida manifeste a vontade de acolhermos o convite que Deus nos dirige à comunhão com Ele, o desejo de sermos coerentes com a fé que professamos”, afirmou ainda.

Durante a celebração, o comentador da celebração, padre José Nuno Silva, capelão do Santuário de Fátima, pediu aos participantes que seguissem as indicações de vigilantes e acolhedores, em particular nas procissões e, no final, agradeceu o "comportamento exemplar" dos peregrinos, pedindo-lhes que na saída tivessem os mesmos cuidados que tiveram à entrada do Recinto de Oração.

Nesta celebração participaram cerca de seis mil peregrinos, entre os quais  três grupos organizados: dois portugueses e um francês, que tal como os restantes peregrinos acolheram as indicações do Santuário.

As medidas em vigor para estes dias, que visam uma ocupação do espaço do Recinto de Oração em segurança, garantindo o devido distanciamento físico entre os peregrinos, passam pela delimitação de espaços, com perímetros de segurança e marcações no solo, para uma disposição uniforme da assembleia; um controlo e monitorização dos acessos e um reforço da sinalética com as regras de segurança neste tempo de pandemia, determinando o uso obrigatório da máscara e a desinfeção das mãos. 

Estas medidas adicionais, determinadas especificamente para a peregrinação de outubro, complementam o Plano de Contingência do Santuário elaborado com base nas normas de controlo de infeção definidas pela Direção Geral da Saúde, com quem o Santuário tem mantido uma relação estreita, e nas orientações da Conferência Episcopal Portuguesa para a celebração do culto público católico no contexto da pandemia e no Plano de Contingência para Infeções Respiratórias por Coronavírus do Santuário de Fátima.

O acesso ao Recinto de Oração faz-se através de oito entradas; os peregrinos são conduzidos às áreas de ocupação antes do início da celebração e só podem sair das mesmas no final das cerimónias, com recomendação de respeito pelas distâncias de segurança.

Numa mensagem divulgada esta quinta-feira, o reitor do Santuário deixou um convite aos peregrinos para serem “um exemplo de responsabilidade em nome de um bem maior”, no contexto da peregrinação de 12 e 13 de outubro.

“No santuário a preocupação pela saúde dos peregrinos e de quantos aqui trabalham é sempre prioritária e tem de ser prioritária também num momento festivo como este”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas.

A Peregrinação Internacional Aniversária de outubro, que assinala a última aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, em 1917,  vai ser presidida por D. José Ornelas, bispo de Setúbal e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

O programa desta Peregrinação Internacional Aniversária, começa no dia 12, às 21h30, com a recitação do Rosário na Capelinha das Aparições; segue-se a Procissão das Velas e depois uma celebração da palavra no Altar do Recinto de Oração.

No dia 13, às 9h00, terá lugar o Rosário Internacional e depois a Missa com a Bênção do Santíssimo e terminará com a Procissão do Adeus.

 

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