08 de outubro, 2023

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Peregrinos convidados a rezar pelas vítimas da “escalada de violência no mundo”

Pe. Joaquim Ganhão desafiou ainda à união com todos os que participam no Sínodo, entregando os seus trabalhos ao cuidado de Nossa Senhora de Fátima

 

O Pe. Joaquim Ganhão, capelão do Santuário de Fátima, presidiu esta manhã à missa dominical no Recinto de Oração, e lembrou a “graça do Sínodo que convida a caminhar em conjunto”.

Na liturgia deste domingo, “cantávamos no salmo responsorial que a Vinha do Senhor é a Casa de Israel”, e esta vinha “somos nós hoje, Igreja aqui reunida no Dia que lhe consagramos, como vinha eleita, escolhida e cuidada pelo Senhor que nos reúne no Seu amor e cuida de nós com desvelos de ternura e misericórdia”.

“Sinal desse cuidado de Deus poe esta vinha, que é a Igreja, é o Dom da Eucaristia que nos reúne, com o Dom da Sua Palavra, com o Pão da vida eterna, mas também sinal dessa Igreja é o Sínodo dos Bispos que nestes dias está reunido com o Papa Francisco em Roma”, afirmou o sacerdote.

Desde este Santuário, “unimo-nos a todos os que participam no Sínodo e entregamos os seus trabalhos ao cuidado de Nossa Senhora de Fátima que, neste lugar, desde a primeira hora nos ensinou a amar e a rezar pela Igreja e pelo Santo Padre, a Ela confiamos os bons frutos da Assembleia Sinodal”.

Nos últimos domingos a liturgia proclamada “tem colocado diante de nós uma imagem muito cara à Sagrada Escritura e muito próxima à nossa cultura e presente em tantos lugares a vinha.

Segundo as palavras do Pe. Joaquim Ganhão, na Bíblia, a imagem da vinha “é muitas vezes utilizada para exprimir os laços de amor que ligam Deus ao seu povo”.

“Todos somos chamados a sentirmo-nos verdadeiramente a vinha do Senhor”, disse ainda.

O Concilio Vaticano II “insere entre as imagens bíblicas através das quais se torna possível conhecer a natureza íntima da Igreja, a da vinha: esta foi plantada pelo Divino agricultor como vinha escolhida”, explicou ainda o sacerdote, acrescentando que “o envio do seu próprio filho deve ser entendido por nós como a prova suprema do seu amor”.

“A geografia da fé está em contínua evolução, e comunidades que em tempos eram ricas e fecundas, hoje desapareceram completamente”, considera o sacerdote.

Por tudo isto “somos hoje convidados a esvaziarmo-nos de tudo aquilo que faz adormecer a nossa fé e nos impede de produzir aqueles bons frutos que o Senhor espera de nós”.

O Pe. Joaquim Ganhão falou ainda da “situação do mundo de hoje”, pois “neste lugar onde somos convidados a viver em comunhão com a Igreja, onde somos convidados a rezar pela paz, não podemos ficar indiferentes à escalada de violência no mundo, especialmente na Ucrânia, no Médio Oriente, e em tantos outros lugares”.

Neste dia em que a Familia Franciscana peregrina ao Santuário de Fátima, os peregrinos foram desafiados a ser memória viva de S. Francisco de Assis, e a “rezar pelas vítimas civis e inocentes, para que deste lugar continue a ressoar o convite à paz”.

“A violência e ódio nunca conduzem à vida, impedem a prosperidade e contruir paz e bem é essencial”, reiterou.

Neste domingo a Familia Andaluz também peregrina à Cova da Iria, e a sua fundadora “deixou uma palavra que deve ser lembrada, «passar fazendo o bem»”.

Além da Família Franciscana e da Família Andaluz, fizeram-se ainda anunciar nos serviços do Santuário, mais 15 grupos de peregrinos.

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