12 de agosto, 2016

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Peregrinar é fazer a experiência da conversão, diz D. Angelo Zani

Arcebispo de Volturno preside à Peregrinação Internacional Aniversária que celebra a quarta aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos
 

A Peregrinação de agosto, dedicada aos migrantes e refugiados «ajuda a animar a nossa esperança, a fortalecer a nossa fé, a reavivar a nossa caridade» disse D. Ângelo Vincenzo Zani, presidente da Peregrinação Internacional Aniversária, que celebra a quarta aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, e que começou hoje na Cova da Iria, reunindo cerca de 60 mil peregrinos.

O arcebispo de Volturno afirmou durante a homilia que proferiu na Missa Internacional no Recinto, esta noite, concelebrada por cinco bispos e 75 sacerdotes, que «todos somos migrantes, exilados e estrangeiros» e por isso «precisamos de encontrar um lugar seguro» para nos «sentirmos em casa, acolhidos e amados» e os Santuários funcionam como esse espaço porque promovem a comunhão.

«Não se pode vir a Fátima à procura de um pouco de alegria e de paz só para si», disse o arcebispo.

«A mensagem da Senhora convida a ir ao encontro dos irmãos e torna-se escola de caridade e de serviço ao próximo», acrescentou.

A partir da liturgia e dos acontecimentos que ela narra, o secretário da Congregação para a Educação Católica traçou o paralelo entre os acontecimentos sucessivos ao nascimento de Jesus, que abrangeram toda a família - a partida dos Magos, a crueldade de Herodes, o sonho de José e o êxodo como refugiados no Egipto- e a vida de milhares de migrantes e de refugiados que têm de fugir à guerra.

«Estes acontecimentos mostram como Jesus e sua família fizeram uma experiência semelhante à de tantas famílias de hoje, forçadas a abandonar as suas casas e a terra natal, por falta de trabalho ou para se proteger da violência por razões étnicas ou religiosas. A sagrada família também viveu problemas semelhantes, mas a presença de Deus deu-lhes a força, serenidade e paz interior», disse D. Vincenzo Zani.

É preciso «coragem para caminhar nas vias estreitas e sinuosas deste mundo, confiantes do seu amor (Cristo) entregue por nós até morrer na cruz»,  concluiu.

Na homilia da missa internacional da Peregrinação de Agosto o arcebispo de Volturno centrou-se na mensagem de Fátima pedindo aos peregrinos que “acolham e guardem” a mensagem de “graça e esperança” que Nossa Senhora deixou aos pastorinhos.

«A realidade à nossa volta não muda, mas muda o nosso coração, o nosso olhar» disse .

Depois recomendou “contemplação e adoração” como «atitude fundamental da pessoa diante de Deus, reconhecendo verdadeiramente a plenitude do seu amor e da sua luz».

«Adorar profundamente significa abrir-se ao esplendor da verdade e ao calor da caridade divina» disse D. Vincenzo Zani sublinhando que «Numa cultura como a nossa, em que há confusão de ideias sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo, adorar ajuda a abrir a mente e o coração, para melhor compreender o plano de Deus e para amá-Lo em primeiro lugar, em resposta ao seu amor».

Finalmente, indicou a reparação como atitude de reconstrução.

A Peregrinação Internacional Aniversária de agosto tem como tema “Alegrai-vos no Senhor” e integra a 44ª Semana Nacional das Migrações que aborda o tema “Refugiados e migrantes: os rostos da misericórdia”.

O acolhimento aos peregrinos e a primeira saudação aos migrantes decorreu na Capelinha das Aparições ao final da tarde desta sexta feira. Às 21h30, também na Capelinha, fez-se a recitação do terço, seguida da procissão de velas.

Este sábado, às 10h00, será celebrada a Eucaristia no Recinto. Esta celebração inclui a oferta do trigo, um gesto que acontece desde 1940, ano em que um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica da Diocese de Leiria, ofereceu 30 alqueires de trigo, destinados ao fabrico de hóstias para consumo no Santuário de Fátima. A partir desse ano, os peregrinos de várias dioceses, tanto nacionais como estrangeiras, deram continuidade ao gesto que remete para a referência eucarística da própria mensagem de Fátima. Por outro lado a generosidade e a espontaneidade desta oferta situam-se na lógica do dom que se transforma num ato de caridade.

Durante o ano de 2015 foram oferecidos 9.655 quilos de trigo e 483 quilos de farinha. Consumiram-se no Santuário, aproximadamente, 16.300 hóstias e 1.450.000 partículas. Foram celebradas 7.223 missas.

Para esta Peregrinação encontram-se inscritos para a Peregrinação Internacional Aniversária de agosto 41 grupos.

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