26 de setembro, 2021
D. Augusto César indica a vivência da mensagem e Fátima como “itinerário de santidade”Bispo emérito de Portalegre Castelo-Branco presidiu à Missa no Recinto de Oração da Cova da Iria, neste domingo em que se cumpriu a 65ª Peregrinação Nacional do Rosário e da Família Dominicana.
D. Augusto César apontou, na homilia da Missa deste XXVI Domingo do tempo comum, a vivência da mensagem de Fátima, nos seus apelos à conversão, à oração e centralidade da Eucaristia, como caminho ideal para a santidade. O bispo emérito de Portalegre Castelo-Branco alertou para os perigos da superficialidade a que o mundo de hoje apela e exortou os peregrinos a assumirem a plenitude da espiritualidade cristã. A partir da exegese das leituras proclamadas, o prelado começou por definir a fé cristã, assente no sacramento do Batismo, como alicerce para uma vida que deve ser, ela própria, testemunho de Jesus Cristo, na fraternidade. “A fé que recebemos no Batismo, e que vamos renovando nos demais sacramentos, deixa-nos contemplar Jesus com olhos de gratidão e merecido louvor e a segui-Lo. (…) A fé ensina a praticar o bem, mostrando confiança em Deus, e ensina a dar atenção aos que mais precisam, mediante a caridade fraterna”, explicou o presidente da celebração. Alertando para os perigos do egocentrismo, o presidente da celebração perspetivou a santidade como um caminho que assenta em três ações que se sucedem: “escutar, imitar e testemunhar com a vida, para que outros se sintam atraídos e testemunhem também”. Ao admitir que as “distrações” do mundo de hoje “desviam do itinerário de santidade”, alimentam o “individualismo e a crítica do tempo” e um “nervosismo que desperta conflitos e guerras”, D Augusto César lembrou o convite à oração do Rosário pela paz e pela conversão dos pecadores que Nossa Senhora deixou aos Pastorinhos, assumindo-o como caminho para plenitude em Deus. “De outro modo, o coração emudece e não responde aos apelos da fé. Será por isso que, ao longo do mundo se ouve um rumor de violência e que a Europa vá perdendo o sabor da sua herança cristã?”, questionou o prelado, ao apresentar a entrega que os Pastorinhos assumiram na sua vida como conduta de vida para a santidade. No final da reflexão, a partir das aparições angélicas, D. Augusto César meditou ainda sobre a centralidade da Eucaristia e da Reconciliação no acontecimento de Fátima, e que devem servir de guia para uma vivência ideal de uma Peregrinação à Cova da Iria. Neste domingo, estiveram na Cova da Iria, além dos participantes na Peregrinação Nacional do Rosário e da Família Dominicana, um grupo de peregrinos provenientes da Paróquia de São Pedro de Azevedo, do Porto. |