13 de dezembro, 2013
Esta manhã, no Santuário de Fátima, o bispo de Leiria-Fátima fez um apelo à esperança e à confiança em Deus, como postura contra o desânimo que a sociedade vive atualmente. Refletiu que “muitas vezes caímos apenas na lamentação, fazemos o elenco das lacunas, das carências, das coisas que estão mal; não custa dizer o que está mal, mas, com isso, desistimos, quer dizer, não nos abrimos ao desígnio salvador do Senhor”. A lamentação, afirmou D. António Marto, leva ao “derrotismo”, que “não é caminho que leve a parte alguma, nem é caminho que nos ajude a descobrir os sinais positivos da bondade de Deus em nós e nos outros”. Durante a homilia da Missa celebrada na Basílica da Santíssima Trindade, o prelado reiterou os alertas do Papa Francisco na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz do ano de 2014, divulgada ontem. Sublinhou que o que acontece no mundo “é uma guerra que não é feita com as armas nucleares ou as armas químicas, mas é com as armas financeiras do dinheiro e da ganância”. D. António Marto destacou que a crise é “da ordem moral e espiritual” e lembrou que a mensagem deixada por Maria em Fátima conserva, por isso, toda a atualidade: “O coração da Mãe ajuda-nos a ver, ilumina os nossos olhos para ver a ternura e a misericórdia de Deus, capaz de vencer o mal em nós e no mundo, e, ao mesmo tempo, é apelo à conversão”. Para o prelado, “é preciso ver, apreciar, os sinais da misericórdia, do perdão, da proximidade, do abraço, da ternura de Deus para com este nosso mundo”, apelos concretos que disse estarem implícitos no novo tema que o Santuário de Fátima propõe para o novo ano pastoral: "Envolvidos no amor de Deus pelo Mundo”. LeopolDina Simões |